Os preços das casas voltaram a disparar em julho, registando uma subida homóloga de 20,6% face a igual mês do ano passado. O aumento foi de 2,6% face ao mês anterior, mostra o Índice de Preços Residenciais, da Confidencial Imobiliário.
Esta variação homóloga tão significativa aproxima-se do pico de 21,1% atingido no mercado português apenas duas vezes nos últimos 37 anos, em novembro de 1991 e agosto de 2022.
De acordo com a Confidencial Imobiliário, a subida acumulada dos preços da habitação no último ano reflete um ciclo de fortes aumentos mensais, especialmente evidentes ao longo de 2025, período durante o qual as taxas de variação em cadeia superaram os 2,0% por diversas vezes. O mês de julho consolida este padrão, atingindo um aumento mensal de 2,6%, em aceleração face à taxa de 1,8% registada em junho.
O comportamento de aceleração dos preços de transação continua a ocorrer num contexto de crescimento das vendas residenciais, sublinhando ainda mais o declive entre a elevada dinâmica de procura e a escassez estrutural de nova oferta.
De acordo com as projeções realizadas pela Confidencial Imobiliário a partir do SIR-Sistema de Informação Residencial, terão sido transacionadas 41.970 habitações em Portugal Continental nos três meses entre maio e julho deste ano, volume que supera em 5,4% as transações registadas nos três meses antecedentes.
Entre maio e julho de 2025, o preço médio de venda das casas em Portugal fixou-se nos 2.804€/m², subindo para 3.644 euros/m² no caso da habitação nova e para 2.645 euros/m² na usada.