São cidadãos do mundo que dividem o tempo entre Paris e Lisboa, Londres e Comporta, Nova Iorque e o Algarve – nómadas sofisticados que procuram autenticidade, conforto e equilíbrio.
Esta tendência, reforçada pela normalização do trabalho remoto e pela valorização do tempo e da saúde mental, está a redefinir o perfil do comprador internacional. Já não falamos apenas de segundas residências ou casas de férias – mas de residências paralelas, usadas com igual relevância e adaptadas a estilos de vida móveis e exigentes.
Na BARNES testemunhamos isso todos os dias. Um cliente belga que passa os meses de inverno entre Lisboa e a Comporta, mantendo Genève como epicentro profissional. Um casal americano que fez de Lisboa o seu refúgio criativo, mas continua ligado a San Francisco e a Londres. Uma família portuguesa que se divide entre Dubai, Paris e Cascais, com os filhos a estudar numa escola internacional e uma agenda repartida entre os três países.
O denominador comum? O desejo de viver com liberdade e propósito - em espaços que reflitam valores, ofereçam segurança, proximidade com a natureza e o oceano e, claro, uma comunidade discreta e vibrante. Procuram imóveis com alma e funcionalidade, bem localizados e com acesso internacional facilitado. Mas também algo mais difícil de quantificar: um sentimento de pertença em todos os lugares que habitam.
Este novo perfil exige mais de nós, profissionais do setor. Já não basta apresentar imóveis - é preciso ter visão internacional e empatia, compreender culturas, antecipar necessidades, acompanhar com discrição, gerir burocracias, idiomas e sensibilidades. O papel do consultor imobiliário transformou-se: de intermediário a conselheiro de confiança, de anfitrião local a elo de ligação global.
Portugal está particularmente bem posicionado neste novo mapa da mobilidade de luxo. Oferece estabilidade, segurança, sofisticação descomplicada, clima ameno e enorme qualidade de vida - mas é essencial preservar a autenticidade e o charme que nos distinguem.
No fim, o verdadeiro luxo está nisso: em sentir que pertencemos, mesmo vivendo entre cidades.