O Portugal Real Estate Summit, o mais importante encontro ibérico de investidores imobiliários internacionais, volta hoje em força e de forma presencial ao Estoril, unindo todos os intervenientes neste setor, sobretudo com o objetivo de dar uma visão do mercado europeu depois da crise pandémica.
Segundo a EPRA – European Public Real Estate Association, que de resto estará presente no evento, no segundo trimestre de 2021, o valor total do imobiliário cotado nos mercados europeus mais desenvolvidos totaliza 598 biliões de dólares, com a Alemanha como principal mercado (144 biliões), seguido pelo Reino Unido (104 biliões) e Suécia (103 biliões). Já Portugal, está entre os mercados mais desenvolvidos, apesar de apresentar ainda uma dimensão reduzida. De acordo com os dados da EPRA, o nosso País tem hoje duas entidades listadas, com um valor cotado inferior a 100 milhões de dólares.
Após a retração sentida em 2020 no mercado imobiliário português, este ano a recuperação já se está a fazer sentir, apontando o INE – Instituto Nacional de Estatísticas que nos primeiros seis meses deste ano venderam-se mais de 96 mil casas. Aliás, ao que tudo indica, pelo menos desde que o INE tem registos, nunca tantas casas foram vendidas. Assim, entre janeiro e junho de 2021, foram vendidas 96.612 casas em todo o país, o que representa um aumento de 30% em relação ao mesmo período no ano passado e de 27% em relação a 2019, um ano antes da pandemia.
O Imobiliário destaca-se na recuperação
O papel das instituições e dos investidores em todo este processo de recuperação económica tem sido fundamental, com os diferentes operadores do mercado atentos aos distintos setores de atuação, com óbvio destaque para o imobiliário enquanto segmento que ocupa uma posição muito relevante.
Entre essas entidades e instituições, a banca tem tido uma função dinamizadora e impulsionadora de todo o ecossistema económico, não só através do apoio às pequenas e médias empresas e famílias, mas também no domínio do imobiliário ao “devolverem” ao mercado ativos, não só para usos particulares de habitações e negócios (lojas de proximidade e escritórios), como para desenvolvimento de projetos residenciais em diversas localizações, edifícios de escritórios e armazéns industriais.
O papel da banca
O Millennium bcp é um claro exemplo disso, procurando destacar ativos que poderão ir ao encontro daquilo que será, já hoje, delineado e procurado no âmbito do imobiliário a investir e a desenvolver em prol do desenvolvimento económico e social do país. “O papel do Banco, no contexto do imobiliário é devolver os imóveis ao mercado e, desta forma, ir ao encontro da procura cujo ritmo continua superior ao da existência disponível para comercialização. Esta dinâmica é muito retratada, no mercado, ao nível do segmento residencial construído, mas não nos podemos esquecer que existem também terrenos disponíveis para novos projetos e construtores que procuram colmatar o diferencial existente em todos os concelhos do país”, refere fonte do Millennium bcp . “Em paralelo, o imobiliário em 2021 tem mantido um forte crescimento no setor logístico e de armazéns, iniciado já em 2020, fruto do crescimento continuado do e-commerce, quer próximo dos grandes centros, quer em zonas com boas acessibilidades”.
O Banco destaca o facto de o mercado imobiliário continuar resiliente e forte, com os novos projetos a aparecerem no terreno e com aprovações camarárias. “E dada a liquidez que há ainda no setor, os Bancos ativos no Crédito à Promoção Imobiliária e no Crédito à Habitação, e uma vez que a pandemia será controlada e o imobiliário continuará, acreditamos que nos próximos tempos a dinâmica irá manter-se em todos os segmentos”.
Hoje, instituições como o Millennium bcp têm um papel preponderante em vários setores, e obviamente no imobiliário não é exceção. “Tem sido visível no mercado, não só a nossa ação direta, como as comunicações que temos feito regularmente no mercado, que demonstram bem a ajuda que temos dado na sua dinamização e apoio a todos os seus intervenientes, desde mediação, promotores, empresas, particulares, imprensa especializada, fundos de investimento, advogados e consultores envolvidos, entre outros. Todos beneficiam com a forma como nós nos relacionamos dentro do setor em parcerias duradouras e onde o objetivo final, como já referido, é devolver ao mercado o que é do mercado”.
