Francisco Pereira Miguel
Francisco Pereira Miguel
Marketing & Sales Manager, Level Constellation

Oferta vai ter de adaptar-se

23/07/2020

A crise que vivemos atualmente atingiu pessoas e mercados de forma muito assimétrica, e os seus efeitos são bem visíveis em alguns segmentos importantes do mercado imobiliário português, um mercado fortemente internacionalizado em virtude de políticas de captação de investimento estrangeiro lançadas à meia dúzia de anos atrás.

A paragem do Mundo neste primeiro semestre de 2020 e a insegurança em relação a uma recidiva no curto/médio prazo, dificultam muito quaisquer previsões para quase todos os setores do mercado, mas sobretudo para aqueles que têm o seu core assente em negócio de proximidade e partilha física, ou alimentado essencialmente pela procura internacional.

Por isso, é expectável que limitações à liberdade de circulação das pessoas reduzam o caudal da procura internacional a Lisboa, e que o impacto se faça sentir de forma especialmente intensa no segmento do turismo e hospitalidade.

Certo é que, um pouco por todo o Mundo, e Lisboa não será exceção, a oferta imobiliária vai ter de adaptar-se, sobretudo em preço e posicionamento, a uma procura (interna e externa) que que se vê confrontada agora com novas questões de segurança, emprego, rendimento, estilos e opções de vida.

São ainda expectáveis alterações na forma de fazer negócios imobiliários, pela previsível intensificação do uso de ferramentas digitais sofisticadas, que permitirão a todos os agentes do mercado imobiliário uma interação mais eficiente com clientes e parceiros.