A reabilitação energética dos edifícios é, só por isso, de enorme importância, mas para que aconteça, há que ter atenção à qualidade dos materiais e das soluções de construção, bem como à sua correta instalação. As janelas são o elemento na envolvente dos edifícios onde é mais fácil intervir e no qual as famílias e empresas estão mais disponíveis para investir com vista a uma casa mais eficiente e confortável.
O setor das janelas e fachadas dinamiza milhares de empresas e um volume de negócios de mais de 150 milhões de euros/ano. Em 2020 foram vendidas perto 1 milhão de janelas em Portugal, 80% das quais para o setor residencial. Se queremos fazer a eficiência energética acontecer no nosso parque edificado, é evidente que temos de começar pelas janelas.
Neste âmbito a ADENE desenvolveu o sistema CLASSE+ para etiquetagem energética de janelas, em parceria com a Associação Nacional de Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE). A etiqueta CLASSE+, ao classificar o desempenho térmico das janelas numa escala simples de F a A+, veio colocar os consumidores e as empresas do setor a “falar a mesma linguagem na eficiência energética”.
Neste âmbito, a ADENE aceitou o desafio lançado pela revista Novoperfil para, em conjunto com a ANFAJE, lançar a “1ª edição dos Prémios Novoperfil/CLASSE+: Janelas Eficientes”. Com o objetivo de distinguir as empresas que em 2022 mais se empenharam na promoção da eficiência energética, com perto de 50 candidaturas recebidas. Colaboraram ainda no júri entidades com importantes contributos na sustentabilidade da construção, como o Itecons, o LNEC e a Ordem dos Arquitetos.
A entrega de prémios ocorreu no Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas, com as seguintes distinções, para além de várias menções honrosas
- Prémio Empresas
Pequenas empresas– NorinovePerfil
Grandes e médias empresas – Caixiave
- Empresas excelência - Vitropor (vidro) e Profine/Kömmerling (perfis)
Prémio Projetos
Sustentabilidade FWD/Boavista Windows
Inovação - Caixiave
A importância de manter e reforçar este tipo de iniciativas promotoras da descarbonização do setor da construção vem demonstrar que, mesmo em setores tradicionais como os da caixilharia e do vidro, as empresas inovam e são agentes ativos da transição energética.
Premiar, distinguir e valorizar essas empresas é fundamental para que essa inovação seja cada vez mais aliada da eficiência energética e promotora de critérios ambientais exigentes, pois precisamos de todos para uma descarbonização da economia que nos garanta um futuro sustentável.