A zona de Lisboa registou um volume de ocupação de escritórios de 272.000 metros quadrados em 2022, um valor histórico para o setor. Um ano em que também o Porto registou uma absorção total de 60.000 metros quadrados, em linha com os anos anteriores.
André Almada, Senior Director de Advisory & Transactions Offices da CBRE Portugal, analisa que "o setor dos escritórios, em 2022, teve uma performance incomparável, e se havia dúvidas sobre o fim dos escritórios, em consequência das alterações nos formatos de trabalho resultantes da pandemia, as mesmas estarão totalmente dissipadas". O responsável destaca que "também o poder de atração de Portugal como um mercado de excelência para se viver e trabalhar voltou, como em anos recentes, a ser um fator muito relevante no resultado alcançado pelo mercado de escritórios".
A consultora registou também o seu melhor ano de sempre nesta área de negócio, crescendo 87% face a 2021 e participando no arrendamento de 68.000 metros quadrados (43% de quota de mercado). Assessorou várias transações de relevo, como a colocação da Galp, que vai ocupar 20.000 metros quadrados no edifício ALLO, em Alcântara, a maior operação de arrendamento de escritórios do ano, ou da EY e da Cloudfare, que também se instalaram neste edifício.
A CBRE identifica que o mercado continua também bastante dinâmico no segmento dos Flex Offices, e que os operadores mantêm-se interessados em Lisboa e Porto, muito graças ao "estilo de vida que as mesmas oferecem, e à competitividade do talento encontrado localmente".