Na Rua Nova da Alfândega, no Porto, a promotora Adriparte está a construir o novo projeto residencial premium Alfândega 80, um investimento de 3,7 milhões de euros.
Neste imóvel de 695 metros quadrados de área bruta de construção (605 metros quadrados acima do solo), vão surgir 6 novos apartamentos exclusivos de tipologias T1, T1+1 e T2 Duplex, além de um espaço comercial no piso térreo.
Em entrevista ao Público Imobiliário, Gustavo Alves Gonçalves, diretor na Adriparte, descreve um “edifício residencial de aura nobre e elegante que se destaca na rua histórica que lhe empresta o nome. Com vista deslumbrante em primeira linha sobre o rio Douro, este edifício beneficia ainda de vista privilegiada para os postais vivos mais belos do Porto, por mérito da zona ribeirinha do Porto, das caves de vinho do Porto em Gaia, da Serra do Pilar e da Ponte d’Arrábida. Combinando elementos arquitetónicos contemporâneos com traços da linguagem original do edifício, o Alfândega 80 destaca-se entre um charmoso conjunto de fachadas de um segmento da cidade virado ao Douro”.
Este projeto de arquitetura é assinado pelo gabinete AnarchLab. As suas principais linhas orientadoras “procuraram reabilitar um edifício classificado do centro histórico do porto que se encontrava bastante degradado e alterado”, recorda Gustavo Alves Gonçalves. “Com o seu projeto, restabeleceram a linguagem original e anularam as alterações e ampliações executadas de forma desordenada. No alçado Poente, voltado para o Largo de Artur Arcos, que era uma empena encerrada, abriram novos vãos, com linguagem idêntica à original, de forma a criar equilíbrio e continuidade urbana e a melhorar as condições de iluminação, ventilação e salubridade interiores”. E acrescenta que “a finalidade desta intervenção passou também pela melhoria das condições de habitabilidade dos espaços, reconfigurando o programa de forma a que se adapte às necessidades e conforto atuais”.
Um dos principais desafios desta obra foi o processo de licenciamento. A Adriparte recorda que “por ser um imóvel classificado, o processo de licenciamento do projeto de arquitetura teve de ser avaliado e aprovado por diversas identidades, algumas externas à Câmara Municipal do Porto, como é o caso da DRCN (Direção Regional de Cultura do Norte). Todo o processo demorou cerca de ano e meio e foi necessário um acompanhamento exaustivo de todas as etapas do processo, ter um projeto que era pautado pelo respeito do edificado original e ainda alguma paciência para lidar com a morosidade de todas estas etapas”.
O facto de o imóvel se situar no centro histórico do Porto também colocou alguns desafios à implementação de medidas de eficiência energética, como a impossibilidade de colocação de painéis fotovoltaicos, “uma vez que se pretende que os telhados sejam mantidos em telha visível, de modo a preservar a identidade visual do centro histórico”. Mas, ainda assim, a Adriparte optou por processos construtivos mais sustentáveis e com menos necessidades de consumo energético, nomeadamente na qualificação, separação e aproveitamento do entulho da obra. Por outro lado, “foram adotadas outras medidas, como o uso de caixilharia em madeira com alto desempenho térmico que permitiram alcançar níveis de classe energética elevados para um projeto de reabilitação”, exemplifica o responsável da Adriparte.
Realçando as principais comodidades do Alfândega 80, Gustavo Alves Gonçalves refere “a sua localização excecional”, nomeadamente numa zona turística onde “toda a envolvente é rica em comércio, serviços, restauração e espaços culturais”. Adicionalmente, “os apartamentos contam ainda com espaços de arrecadação e o apartamento T2 Duplex tem um lugar de garagem com plataforma giratória”.
O Alfândega 80 está ainda em fase de construção, 75% concluída, e ficará concluído e entregue em agosto próximo. De acordo com Gustavo Alves Gonçalves, “o mercado está a aceitar bem o projeto, enaltecendo o cuidadoso trabalho de reabilitação, os pormenores arquitetónicos e a sua localização privilegiada. Atualmente está 45% vendido, mas prevê-se um incremento desse número nesta fase final de construção”.
Millennium bcp foi “parceiro de investimento” e “importante aliado” na candidatura ao IFRRU 2020
Para Gustavo Alves Gonçalves, “a parceria que estabelecemos com o Millennium bcp foi determinante para o sucesso deste projeto”. Recorda que “o processo de análise do investimento, apesar de rigoroso, foi bastante célere e percebemos rapidamente que tínhamos no Millennium bcp um parceiro de investimento”.
Este projeto recorreu ao apoio do programa IFRRU 2020 - Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas. “O Millennium bcp foi também um importante aliado nos trâmites da nossa candidatura ao programa IFRRU 2020, que permitiu condições de financiamento muito vantajosas para os projetos de reabilitação como o nosso”.