Algarve continua a despertar interesse nos investidores nacionais e estrangeiros

14/09/2022
Algarve continua a despertar interesse  nos investidores nacionais e estrangeiros

Há muito que o Algarve deixou de ser uma geografia conotada com um mercado residencial focado no conceito de segunda habitação. Hoje, potenciado por um contexto de pandemia que trouxe novas necessidades às famílias portuguesas, o Algarve usufruiu de um saudável equilíbrio entre “sazonalidade” e “permanência”.

O Algarve continua ainda a atrair investidores estrangeiros com capacidade para ficarem em Portugal, com destaque para os mercados americanos, nomeadamente dos Estados Unidos e Brasil.

Para além de o país proporcionar condições extraordinárias para as pessoas viverem, pelo custo de vida que Portugal oferece, o Algarve é uma marca reconhecida mundialmente, com condições geográficas e climáticas únicas, pela gastronomia, hospitalidade, e uma boa relação qualidade/preço, ou antes, uma excelente relação qualidade de vida/custo de vida.

O mercado de segunda habitação, muito potenciado em moradias, continua igualmente forte, “ajudado” pela proximidade ao aeroporto e por esta geografia dispor de infraestruturas como hospitais, clínicas, comércio e serviços administrativos. E apesar da orla costeira ser, obviamente, fortemente valorizada, o Algarve é reconhecido por um conjunto variado de atratividades que vão muito além da praia e mar. Todas as atividades hoteleiras, golfe, restauração e afins são de importante atratividade para o compromisso de férias e diversão, pois materializam o conceito de férias no Algarve como destino de primazia devidamente consolidado tanto no mercado nacional como internacional.

A ajudar, a recuperação no turismo continua, após dois anos de pandemia: em agosto, a região do Algarve superou os números de 2019, o melhor ano turístico de sempre. A taxa de ocupação quarto foi de 93,1%, 0,2 pontos percentuais acima da verificada em 2019, revela a AHETA.

O mercado nacional e o irlandês foram os que mais contribuíram para a subida verificada, sendo que o mercado espanhol e o alemão sofreram as maiores descidas.

Em Portugal, as maiores subidas ocorreram nas zonas Lagos / Sagres, Tavira e Carvoeiro / Armação de Pêra. A zona de Albufeira verificou uma subida de 0,4 pontos percentuais face a 2019. O volume de vendas teve um aumento de 12,1% face ao mesmo mês de 2019.

Em julho, o Instituto Nacional de Estatística indicou que o valor mediano de avaliação bancária de moradias teve um acréscimo de 13,1% para 1 129 euros/m², relativamente ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados registaram-se também no Algarve (1 994 euros/m²) e na Área Metropolitana de Lisboa (1 897 euros/m²), tendo o Alentejo e o Centro registado os valores mais baixos (911 euros/m² e 912 euros/m², respetivamente). O Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (22,5%) e o menor ocorreu na Região Autónoma dos Açores (8,3%).