Alojamento local com ocupação ainda abaixo dos 15%

21/07/2021
Alojamento local com ocupação ainda abaixo dos 15%

Em maio, a atividade do alojamento local em Lisboa e Porto mostrou alguma recuperação. A ocupação média do alojamento local no Porto atingiu os 10%, enquanto o RevPAR se fixou nos 6 euros, que comparam com os mínimos de 3% e 2 euros de abril, respetivamente.

Já em Lisboa, a ocupação média do AL foi de 13%, e o RevPAR de 8%, que comparam com os 6% e 4 euros de abril, respetivamente.

Segundo os números do SIR – Alojamento Local, da Confidencial Imobiliário, maio somou as 4.630 noites de AL vendidas no Porto, registando um volume de negócios na ordem dos 325.500 euros. Em Lisboa, contabilizaram-se 5.610 noites vendidas num volume total de negócios de 498.500 euros. Em qualquer das cidades, estes níveis de atividade mais que duplicam face ao mês anterior, quando o mercado do AL praticamente congelou

No mês em análise, a diária média do AL fixou-se nos 71 euros no Porto, praticamente inalterada face ao mês anterior. Em Lisboa, foi de 88 euros, mais 8 que em abril.

Segundo a Ci, em termos de oferta, contabilizam-se cerca de 1.500 apartamentos T0 e T1 ativos no AL no Porto e outros cerca de 1.450 em Lisboa. Face ao mês anterior, verificam-se poucas alterações na oferta disponível. Já face a maio de 2020, observa-se uma forte contração no universo de alojamentos em oferta. No Porto, em maio de 2020 contabilizavam-se cerca de 2.900 apartamentos T0 e T1 ativos no AL, ao passo que em Lisboa esse universo era então de 4.900 unidades.

Convém relembrar que a atividade de Alojamento Local (AL) em Lisboa e Porto tinha recuado para novos mínimos de mercado no 1º trimestre. Coincidindo com o segundo confinamento geral imposto pela pandemia, nos primeiros três meses de 2021 foram vendidas cerca de 6.900 noites de AL no Porto e outras 8.000 em Lisboa, traduzindo uma descida de cerca de 70% comparativamente ao 2º trimestre de 2020, quando foi imposto o primeiro confinamento.

Estabelecendo novos mínimos de mercado, a atividade praticamente inexistente traduziu-se num volume de negócios de apenas 431.700 euros no Porto e de 556.800 euros em Lisboa, ambos com quedas de cerca de 75% face ao período em comparação.

Da mesma forma, indicadores operacionais como a taxa média de ocupação e o RevPar também recuaram, no primeiro trimestre para patamares mínimos, espelhando a nova paralisação do mercado. A norte, a ocupação média do AL no 1º trimestre de 2021 foi de 5% no Porto, comparando com os 8% do 2º trimestre de 2020; enquanto o RevPAR atingiu 3euros, metade dos 6 euros registados no 2º trimestre de 2020. Em Lisboa, a ocupação média no AL foi de 6%, quando no anterior confinamento tinha ficado em 7%, ao passo que o REvPAR se fixou em 4euros, comparando com os 6 euros do 2º trimestre de 2020.

Já a tarifa média diária média mantém-se no padrão habitual do mercado para o 1º trimestre do ano, atingindo os 70€ em Lisboa e os 63€ no Porto.