Aprovada a nova Área de Reabilitação Urbana do Vale de Chelas

16/04/2025
Aprovada a nova Área de Reabilitação Urbana do Vale de Chelas
Praça do Município. Unsplash

Está aprovada a criação da nova Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Vale de Chelas, em Lisboa, que vai permitir uma intervenção integrada numa área de 194 hectares. 

A proposta de criação desta ARU, subscrita pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela coligação “Novos Tempos” – PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), foi aprovada em reunião privada do executivo municipal, com os votos contra de Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e BE, a abstenção do Livre e os votos a favor de PSD/CDS-PP, PS e PCP.  

Numa declaração enviada à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, referiu que “o Vale de Chelas será um novo pulmão verde da cidade. Estamos focados na requalificação ambiental e paisagística e dos bairros degradados, bem como na valorização do património natural, construído e imaterial”. É nesta zona que serão também construídos o novo Hospital de Todos os Santos e a terceira travessia sobre o Tejo, criando “uma nova centralidade” na cidade, cita o Observador.

De acordo com o documento desta proposta, a delimitação da ARU, com a posterior aprovação de uma Operação de Reabilitação Urbana Sistemática, “é determinante para uma intervenção integrada de reabilitação e regeneração urbana e ambiental deste território”, e permite aceder a instrumentos de incentivos fiscais e financeiros que tornam mais atrativo o contexto de investimento, público e privado, dos processos de reabilitação urbana.

O Vale de Chelas situa-se na freguesia do Beato e é um dos cinco vales identificados como de “intervenção prioritária” ao abrigo do programa “5 Vales”, segundo a autarquia, com perspetivas de investimento também na expansão da Linha de Cintura (ferrovia). Carlos Moedas refere que “depois do Vale da Almirante Reis e do Vale de Santo António, continuamos a construir uma cidade mais verde”.

Na proposta apresentada, Joana Almeida refere que este território “continua a padecer de estrangulamentos pontuais ao nível da mobilidade interna e das conexões com o tecido urbano envolvente”. No sentido de transformar este território e “promover a sua regeneração e integração no contínuo qualificado da cidade”, a CML pretende requalificar o espaço público, reabilitar casas devolutas ou degradadas do parque de habitação municipal e reforçar a oferta de habitação acessível.

As intervenções vão passar também pela conclusão das ligações entre encostas, reforçar as redes de mobilidade clássica e de transportes públicos, pela criação de uma rede de mobilidade suave e por restabelecer os equilíbrios ambientais do território, através da conclusão do “corredor verde oriental”.

Esta proposta será agora submetida à aprovação da Assembleia Municipal de Lisboa.