Pela primeira vez em quatro anos, o valor mediano de avaliação bancária desceu em março, face ao mês anterior. No mês em análise, este valor atingiu os 1.110 euros por metro quadrado, menos 1 euro e 0,1% que o registado no mês anterior. Face a março de 2019, a subida foi de 10,3%.
O INE destaca que “a informação deste destaque, respeitante a março, já deverá refletir parcialmente efeitos da pandemia Covid-19, quer no comportamento do índice de preços quer na quantidade de informação primária disponível para compilar o índice”.
A maior subida do mês foi registada na Madeira, com uma variação de 2,2% face ao mês anterior. Na comparação homóloga, a maior subida foi registada na Área Metropolitana de Lisboa, com uma variação de 12,1%.
O valor registado para os apartamentos foi de 1.209 euros/m², mais 11,7% face ao período homólogo. Face ao mês anterior, a subida foi de 0,1%, sendo que a avaliação de apartamentos mais cara se registou na AML, com 1.493 euros/m².
Por outro lado, o valor mediano das moradias foi de 923 euro/m² em março, mais 5,1% que em março de 2019. A avaliação de moradias mais cara regista-se no Algarve, com 1.564 euros/m².
Este Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação (IABH), apurado pelo INE, apresenta agora uma nova série, na qual foi substituído o valor médio pelo valor mediano de avaliação bancária. “Esta alteração tem como consequência que o valor por metro quadrado seja agora forçosamente menor visto que a área de referência passou a ser maior. As alterações visaram, entre outros aspetos, promover a comparabilidade com outros indicadores sobre o mercado habitacional, produzidos pelo INE”, explica o instituto.