No ano passado, a Câmara Municipal de Braga licenciou 1.062 novas habitações, apenas abaixo das capitais de distrito de Lisboa e Porto, com 2.036 e 2.824 fogos aprovados, respetivamente. Estes dados foram apurados no âmbito do Observatório Urbano de Braga, plataforma de agregação e divulgação dos principais indicadores do mercado residencial deste concelho, resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Braga e a Confidencial Imobiliário.
No entanto, Braga supera Lisboa e Porto na capacidade de concretização das intenções de investimento em nova oferta, dado que este volume de licenciamentos corresponde a 87% dos novos fogos projetados no mesmo período, no total de 1.217 novas unidades a darem entrada com pedido de aprovação em 2024.
Por outro lado, no que diz respeito à dinâmica de procura, em 2024, foram vendidas aproximadamente 2.670 habitações em Braga, traduzindo um aumento de 11% face ao ano anterior, quando o mercado registou 2.400 transações. As vendas realizadas no ano passado atingiram um preço médio de 1.918 euros por metro quadrado, o qual se situou nos 2.773 euros por metro quadrado na habitação nova e nos 1.768 euros por metro quadrado no caso dos fogos usados.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, comenta que “Braga, sendo uma cidade que tem tido uma forte dinâmica demográfica, tem respondido à pressão da procura através do licenciamento de novos fogos no mercado, dessa forma mantendo esse concelho entre as capitais de distrito mais acessíveis, abaixo de Aveiro, Setúbal e Coimbra”.
O responsável destaca “o papel de Câmara Municipal, cujo volume de fogos licenciados em 2024 corresponde a 87% do número dos novos fogos que entraram em licenciamento, denotando um claro compromisso com os operadores e com o mercado”, conclui.