Habitação ficou 10% mais cara desde o início do ano

16/12/2024
Habitação ficou 10% mais cara desde o início do ano
Pexels

Os preços de venda da habitação (Portugal Continental) aumentaram 10% no acumulado de janeiro a novembro deste ano. É o que mostra o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário

De acordo com estas estatísticas, a valorização das casas acelerou consideravelmente face ao período do verão, quando os preços acumulavam uma subida na ordem dos 5% em relação ao final de 2023. Tal resulta do comportamento dos últimos três meses, em que os preços subiram mensalmente entre 1,4% e 1,7%, ao contrário do que aconteceu até agosto, período marcado por variações mensais residuais, inferiores a 1,0%.

A intensificação da subida dos preços reflete a recuperação das vendas, num cenário que se mantém pressionado pela falta de oferta. De acordo com as projeções realizadas a partir dos dados do SIR-Sistema de Informação Residencial, nos últimos três meses, compreendidos entre setembro e novembro, terão sido vendidas 41.300 casas em Portugal Continental, consolidando a rota de recuperação iniciada no 2º trimestre do ano.

A confirmar-se, este volume sinaliza uma recuperação de 26% nas vendas face ao final de 2023 e coloca o mercado residencial em níveis semelhantes aos de início de 2022, antes de as taxas de juro começarem a subir.

“A recuperação do mercado já não é uma mera projeção e está efetivamente em curso. Há uma forte aceleração dos preços ao mesmo tempo que as vendas já recuperaram das perdas dos últimos dois anos, quando a procura abrandou num contexto de subida das taxas de juro. Esta mudança está a ser rápida e é basicamente o resultado do desequilíbrio que existe no mercado, nomeadamente devido à falta de oferta. O mercado deverá enfrentar uma forte pressão nos próximos meses, com os preços a crescerem a partir de uma base já muito elevada”, comenta Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.

No acumulado de setembro a novembro, o preço médio de venda da habitação em Portugal ascendeu a 2.500 euros por metro quadrado, atingindo 3.441euros por metro quadrado na habitação nova e 2.374 euros por metro quadrado na usada.