No ano passado, o mercado imobiliário mundial valorizou cerca de 5%, num total de 277,97 biliões de euros, ultrapassando em quase quatro vezes o PIB mundial do mesmo ano.
De acordo com a consultora Savills, o crescimento do valor do imobiliário foi especialmente impulsionado pela habitação, que representou a maior parcela do mercado, nomeadamente 79% do valor total.
Entre 2019 e 2020, o valor do segmento residencial aumentou 8% para os 258,5 biliões de dólares (220,41 biliões de euros), nomeadamente devido ao mercado chinês, que contribui hoje com 30% para o valor total do segmento residencial, com um crescimento de 13% registado em 2020, fruto de um aumento dos preços e da nova oferta.
Ricardo Garcia, residential director da Savills Portugal, afirma em comunicado que "o mercado residencial beneficiou de uma elevada liquidez no mercado, uma tendência crescente da procura por propriedades de segmento médio alto, e com preço mais elevado, e da procura em termos globais de segundas habitações. Esta tendência tem vindo a acentuar-se em 2021, mais concretamente no segundo semestre, e espera-se que o valor do mercado residencial continue a aumentar em 2022". E especifica que "em Portugal, sentimos um aumento da procura crescente, em particular por moradias e para segunda habitação".
Imobiliário comercial caiu 5%
Por oposição, o setor das propriedades comerciais registou uma descida de 5% em 2020 para 32,6 biliões de dólares (27,8 biliões de euros). No entanto, a Savills considera que "esta ligeira descida não teve uma repercussão significativa, pois os proprietários comerciais mantiveram seguros os seus investimentos durante a pandemia e as transações de ativos de alta qualidade mantiveram valores fortes".
O setor deverá recuperar até ao final do ano, colmatando as perdas do ano passado, e atingindo os 29,25 biliões de euros, o que será um novo máximo.