Tal como na maioria dos países da União Europeia, o reforço das exigências ambientais, em Portugal, nomeadamente no que respeita à qualidade da construção e aos níveis de conforto térmico e acústico dos edifícios, continua a ser indispensável para garantir projetos mais eficientes e sustentáveis. Instalar janelas eficientes é uma das intervenções mais importantes neste aspeto.
A ANFAJE recorda que inúmeros arquitetos e projetistas, bem como um crescente número de promotores imobiliários, têm tido um papel determinante no desenvolvimento de uma arquitetura por vezes chamada de “energeticamente consciente”, construída com os conhecimentos técnicos adequados na escolha dos materiais de construção, tendo em conta a análise do seu ciclo de vida e respetivos impactes no meio ambiente, a durabilidade, o custo de manutenção e reposição, o desempenho energético ou a qualidade do ar interior. “Cada vez mais, existe uma maior consciencialização da necessidade de projetar e construir edifícios que tenham em conta o desempenho ambiental e energético dos vários materiais aplicados e relativamente aos métodos e processos construtivos, bem como as necessárias e importantes poupanças financeiras”, segundo a associação.
No que respeita às janelas eficientes, a ANFAJE destaca “o contributo indispensável deste importante elemento construtivo na melhoria da envolvente passiva de qualquer edifício”. Até porque a aposta na instalação de janelas de elevado desempenho térmico e acústico, energeticamente eficientes, “é indispensável para uma construção mais sustentável pelo que todos os programas de apoio à reabilitação de edifícios, devem incluir medidas de substituição de janelas antigas por novas janelas mais eficientes”, apela.
A execução de medidas de apoio, além de permitirem aumentar o conforto térmico e acústico e a eficiência energética dos edifícios, são ao mesmo tempo, “indispensáveis para garantir o crescimento e aumentar a competitividade das empresas, a criação de novas oportunidades de negócio e a manutenção dos postos de trabalho”.
A Eurowindoor (Confederação Europeia das Associações do Sector das Janelas Eficientes, da qual a ANFAJE é membro) defende que mais conforto e mais eficiência energética devem ser ainda complementadas com o necessário combate à Pobreza Energética, indicador que arrasta Portugal para a “cauda” da Europa. Nesse sentido, “devem ser definidos requisitos técnicos exigentes, relativos ao desempenho energético dos edifícios, para assegurar que a instalação de novas janelas eficientes permite assegurar o aumento do conforto (indispensável para melhorar a má qualidade construtiva dos edifícios portugueses), a redução da fatura energética e a redução das emissões de CO2, dando assim o seu indispensável contributo para o alcance da neutralidade carbónica da União Europeia e para o combate ativo às alterações climáticas”, defende a ANFAJE.
E conclui: “é fácil perceber que o investimento na instalação de novas janelas eficientes é um investimento seguro, com retorno financeiro garantido (através da redução do valor das faturas energéticas e melhoria dos ativos imobiliários), com consequências muito positivas na melhoria da qualidade da construção, no aumento dos fatores de sustentabilidade, no combate à Pobreza Energética, às alterações climáticas e no alcance da neutralidade carbónica (cumprindo o objetivo europeu de 2050)”.