MAP Engenharia quer crescer 80% este ano

28/03/2024
MAP Engenharia quer crescer 80% este ano
Duke Residences

Ao Público Imobiliário, José Rui Meneses e Castro, Co-Founder & Managing Director da MAP, explica que, “para isso, vamos explorar novas áreas para diversificar o negócio, e teremos transformações importantes que iremos anunciar muito em breve”.

2023: um ano “com excelentes marcos”

José Rui recorda que 2023 se destacou “por uma série de conquistas notáveis para a MAP. Ao longo dos anos, enfrentámos várias adversidades económicas e sociais que nos permitiram testar a nossa resiliência no setor. Em 2023 concretamente, e após ultrapassada a barreira dos 10 anos, tivemos um ano com excelentes marcos”.

O responsável da empresa destaca, por exemplo, a participação em projetos de responsabilidade social, incluindo a reabilitação do Café Joyeux Cascais; a obtenção da Certificação de Segurança e Ambiente pela Bureau Veritas, passando assim a estar integrada com a da Qualidade, “reforçando o compromisso da empresa com os mais altos padrões de gestão”.

Por outro lado, a empresa destaca um incremento muito significativo do quadro de colaboradores, mais cerca de 30% do que em 2022 e, paralelamente, com um forte investimento na sua formação, processos de gestão e nos seus benefícios, e a criação de novos departamentos de suporte, essenciais para o crescimento sustentado da MAP. Claro está, que foi uma aposta da empresa este forte investimento a todos os níveis, para estarmos preparados e podermos dar uma boa resposta ao aumento do volume de negócios que se perspetiva para 2024, com uma carteira já contratada na ordem dos 80 milhões de euros.

José Rui Meneses e Castro e Diogo Guerra Abecassis, ©Dora António
José Rui Meneses e Castro e Diogo Guerra Abecassis, ©Dora António

Reabilitação urbana representa 30% do volume de negócios

Atualmente, a área da reabilitação urbana é fundamental para a atividade da MAP, já que representa cerca de 30% do volume de negócios da empresa. "Noutros tempos até já representou mais, mas no ano passado essa variável mudou dado algum crescimento no mercado da construção nova". Neste caso, a MAP destaca o seu envolvimento em projetos como o Contreiras Palace, o Horizon Tejo, o Duke Residences e o Alecrim 51.

Edifício Gago Coutinho 30 (GC30)

Num investimento de 80 milhões de euros, o projeto do edifício Gago Coutinho 30 recupera um edifício dos anos 70 do século XX da avenida com o mesmo nome, em Lisboa, com 27.000 metros quadrados, e transforma-o num projeto de co-living com 197 apartamentos, escritórios, zona de restauração, auditório e ginásio.

Este projeto distingue-se no mercado pela sua “combinação única de escritórios e serviços, no mesmo edifício já existem: escritórios, espaços de co-working, biblioteca, restauração, anfiteatro e ginásio aberto ao público. Após a conclusão da 3ª fase, teremos a acrescer a toda esta lista uma solução de “co-living” que permitirá alavancar o benefício da proximidade. O GC30 está literalmente entre o Areeiro e Alvalade, zonas de ligação de algumas das principais avenidas da cidade, com fácil ligação às principais vias de acesso e à ampla rede de transportes públicos existentes. Quem estiver no GC30 consegue chegar rapidamente a qualquer ponto da capital e do país pela proximidade do aeroporto”. Por outro lado, é também de destacar “a qualidade dos seus espaços públicos dado estarem bem equipados para um estilo de vida saudável e social com oferta de restauração saudável com terraço, ginásio, auditório, cinema, piscina, e tudo com uma atmosfera moderna e com o tão afamado “homey feeling”.

Edifício Gago Coutinho 30
Edifício Gago Coutinho 30

O projeto de arquitetura é assinado pelo atelier José Carlos Cruz Arquitectos, uma intervenção que tem como visão o respeito pelo tecido urbano envolvente, nomeadamente o Areeiro, uma combinação de bairros históricos e espaços cosmopolitas. José Rui descreve que “o espírito do local se funde com a essência universitária e empresarial com vários estabelecimentos, comércios, escolas, serviços de saúde e espaços de lazer para praticamente todas as personalidades. O objetivo é atrair alguns desses públicos, tais como estudantes, empresários: não só as empresas como inquilinos, bem como os que vêm a Portugal em “short-stay” e procuram uma localização bem perto do aeroporto de Lisboa, como é o caso. Finalmente, tratando-se de um espaço com tanta oferta, serve também a população local que pode aceder ao ginásio ou à biblioteca”.

Este projeto está atualmente na sua terceira fase de obra, e ficará concluído em janeiro de 2025.

Duke Residences

Diogo Abecasis, também Co-Founder & Managing Director da MAP, releva também no seu portfólio o empreendimento Duke Residences, situado na zona do Saldanha, nas Avenidas Novas, um investimento de 15 milhões de euros da Pujolinvest, que deu origem a um projeto residencial de luxo com 12 apartamentos, 2 penthouses e 1 townhouse, que se destacam pelas suas áreas, acabamentos luxuosos, áreas comuns elegantes, equipamentos de qualidade ou vários lugares de garagem. A área de intervenção é de cerca de 7.300 metros quadrados, e foi concluído em 2022.

Duke Residences
Duke Residences

O projeto de arquitetura é assinado pelo arquiteto Nuno Lourenço, da Risco. Diogo Abecasis conta que “esta reabilitação teve como principal objetivo contribuir para a requalificação ambiental dos logradouros, nomeadamente através da recuperação de áreas de solo orgânico impermeável. Trata-se de um imóvel listado na Carta Municipal do Património e por isso as características arquitetónicas tiveram em linha de conta a continuidade urbana, incluindo a morfologia, volumetria, a altura das fachadas, o cromatismo e os revestimentos”.

Dado que o edifício datava de 1951, distingue-se pela sua construção típica das Avenidas Novas, usualmente designada por “rabo-de-bacalhau” por se prolongar acentuadamente para o interior dos lotes, maximizando a utilização dos mesmos. “Apesar de se tratar de um imóvel do melhor dos seus tempos, tratava-se de uma estrutura com características com mais de 70 anos, pelo que toda a adaptação a um imóvel de luxo e que responda às necessidades dos nossos tempos, foi em si um desafio do início ao fim”, recorda a empresa.

Duke Residences, Foto: Telmo Miller
Duke Residences, Foto: Telmo Miller

Projetos que contribuem para a consolidação do tecido urbano de Lisboa

Para os líderes da MAP, estes projetos de reabilitação “são extremamente importantes para a consolidação do tecido urbano de Lisboa e para a sua área envolvente, porque não só revitalizam áreas antigas e degradadas, trazendo uma nova vida e modernidade, como também preservam o património histórico e cultural da cidade. Além disso, estes dois projetos melhoram substancialmente a qualidade de vida dos ocupantes ou residentes porque convergem de espaços habitacionais mais confortáveis e funcionais, a espaços que respondem às necessidades gerais da dinâmica da vida urbana. São facilitadores e qualificadores da vida em geral, desde a pessoal à profissional”.

A MAP acredita que “Lisboa pode promover melhor um crescimento sustentável, atrair investimentos, turismo, e manter a sua identidade única como uma cidade que harmoniza a tradição à modernidade”.