Mercado de moradias continua a ganhar protagonismo

17/11/2021
Mercado de moradias continua a ganhar protagonismo

As moradias continuam a estar no topo da lista das opções das famílias portuguesas quando se trata de adquirir habitação. E com este tipo de ativos a serem raros, ou a preços elevados, nas grandes cidades, a procura por este tipo de imóveis localizados dos grandes centros urbanos aumentou significativamente como resultado de um contexto de pandemia, no qual as famílias tiveram de se (re)organizar, com forte impacto no seu espaço habitacional. Hoje, com as casas a não serem “apenas” onde vivemos mas, muitas vezes, onde trabalhamos, estudamos e passamos cada vez mais tempo, veio espoletar a opção por comprar moradias em vez de apartamentos.

Segundo o Instituo Nacional de Estatística, entre abril de 2020 e abril de 2021, as moradias representaram 37% do total de aquisições feitas em Portugal continental e ilhas. Ou seja, num total de 302.171 transações, sendo que 111.301 são relativas a moradias adquiridas com recurso a financiamento bancário. Significa isto que, quase quatro em cada 10 casas compradas na pandemia foram moradias.

Os apartamentos, apesar de continuarem a liderar o ranking de tipos de alojamentos comprados, vêm a representatividade no global das transações financiadas pela banca a diminuir, no caso para 63%.

Os números parecem ganhar particular força se tivermos em conta que este cenário não se verificava antes do aparecimento da pandemia, com as moradias a representarem cerca de um terço (33%) do total das aquisições.

Ainda segundo o INE, em maio, junho, julho, agosto e setembro de 2020, a percentagem de moradias adquiridas em função do total superou sempre os 37%, uma tendência que se repetiu já este ano, em março (37,1%) e abril (37%). Foi em junho do ano passado que houve mais pessoas a comprar moradias (38,1% do total de aquisições – 6.270 dos 16.456 imóveis transacionados.

Moradias T3 em Salvaterra de Magos

Fazendo face a esta procura, o Millennium bcp está a comunicar ao mercado a venda de nove moradias em Salvaterra de Magos, de tipologia T3 em banda, com logradouro comum, zonas verdes e parque infantil e piscina exterior. Localizado em zona habitacional com bons acessos pela EN 118, o ativo é composto por duas frações não habitação (loja e um escritório), inseridas num edifício recuperado e incluso na área do condomínio. “A zona de garagens são no logradouro do condomínio no piso 0, com acesso individual para a zona exterior”, informa o banco.

Carlos Nunes, do Millennium bcp, disse ao Público Imobiliário que Salvaterra de Magos é uma zona onde não é frequente o Banco ter muita oferta de imóveis. “Estamos perante uma situação distinta da procura, com frequência somos abordados por Clientes, Sucursais do Banco e até por parceiros imobiliários locais questionando e procurando sobre a existência de algum imóvel em carteira”.

O especialista referiu que desde o início da pandemia, com a obrigatoriedade de confinamento, foi notória a valorização pela existência de espaços exteriores, “razão pela qual assistimos a uma crescente procura por moradias com algum espaço exterior ou inseridas em Condomínios. Ao nível dos apartamentos há claramente preferência por aqueles que têm varandas de dimensão generosa ou terraços”.

Tendo presente a localização, enquadramento e características dos imóveis, a expectativa do Banco é que a procura tenha maior predominância em clientes locais, embora, fruto da proximidade a Lisboa, não seja de excluir algum comprador com interesse para segunda habitação. “Neste caso, a acontecer, acreditamos que o interesse tenha origem dentro da Área Metropolitana de Lisboa”.

Dia aberto

Para promover o imóvel, o Banco está a realizar um “dia aberto”, na próxima sexta-feira, dia 19 de novembro, das 9h30 às 12h30 e das 14:30 às 17h00. “No local estarão alguns colaboradores do Banco a receber Clientes interessados em visitar os imóveis. Não há qualquer necessidade de marcação prévia das visitas nem existe qualquer compromisso”.

Embora possa parecer demasiado otimista, Carlos Nunes assume que a expectativa é terem a totalidade dos imóveis contratados até final do ano. “Recordo trata-se de imóveis em fase final de licenciamento, pelo que no imediato a escritura de Compra e Venda não será possível. Assim, serão formalizados Contratos Promessa de Compra e de Venda, com a escritura a ser celebrada logo após obtida a Licença de Utilização assim como todos os restantes documentos obrigatórios. Pela fase em que se encontram os processos, a nossa expectativa é que as escrituras sejam celebradas ainda em 2021”.