Os números são revelados num inquérito recentemente realizado pela Cushman & Wakefield junto de mais de meia centena de investidores imobiliários, divulgado esta segunda-feira, para entender o impacto da pandemia em Portugal nas intenções de investimento, nos mercados de ocupação e nos níveis de preços para as diferentes classes de ativos imobiliários. E mostram que os investidores têm ainda cerca de 3.000 milhões de euros previstos em vendas num futuro próximo.
Segundo a C&W, apesar da pandemia, os investidores continuam interessados na aquisição de escritórios e residências de estudantes. Mas ganham relevância os setores da logística, residencial de rendimento e a saúde. Aliás, a maior parte dos inquiridos prevê que a atividade ocupacional regresse ao normal dentro de três meses, por oposição a uma recuperação mais lenta dos restantes, nomeadamente o retalho e a hotelaria.
No estudo, a consultora destaca que "os investidores estão, em grande parte, ativos e operacionalmente preparados para fechar negócios, e não antecipam descontos significativos. Acreditam que o mercado vai manter-se dinâmico, mas sujeito à disponibilidade da oferta. Esta é uma boa notícia que fica evidente com este inquérito".
De notar também que 83% dos inquiridos acredita que o mercado de investimento imobiliário em Portugal vai retomar os níveis de atividade e preços pré-pandemia no decorrer dos próximos 18 meses.