Prémio Nacional de Reabilitação Urbana recebe inscrições até 7 de fevereiro

18/11/2024
Prémio Nacional de Reabilitação Urbana recebe inscrições até 7 de fevereiro

Já estão abertas as inscrições para o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2025, a 13ª edição deste galardão que reconhece o que de melhor se faz na área da reabilitação urbana em todo o país.

Podem inscrever-se no site do Prémio, em premio.vidaimobiliaria.com, até ao dia 7 de fevereiro, todas as intervenções de reabilitação urbana concluídas entre 1 de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2024, desde que não tenham sido candidatas em edições anteriores deste prémio.

A escolha dos vencedores caberá a um júri independente, composto por personalidades que cruzam a arquitetura e engenharia, com a economia e a sustentabilidade. Em 2025 o júri do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana contará com as participações do engenheiro e Presidente da AICCOPN e da CPCI, Manuel Reis Campos; dos arquitetos Carlos Prata e Inês Lobo; bem como dos professores Ana Paula Delgado e Manuel Duarte Pinheiro. Será este coletivo, que apoiado pela ADENE e pelo Instituto para a Construção Sustentável, irá eleger os candidatos que se distinguem nas 10 categorias a concurso: Melhor intervenção com Impacto Social; Melhor intervenção de Uso Turístico; Melhor intervenção de Uso Comercial & Serviços; Melhor intervenção de Uso Residencial; Melhor intervenção na Cidade do Porto; Melhor intervenção na Cidade de Lisboa; Melhor intervenção com área inferior a 1000 m2; Melhor intervenção de Restauro; Melhor Solução de Sustentabilidade; e Melhor Reabilitação Estrutural.

Destaque ainda para a categoria Mestres da Construção atribuída com o apoio e curadoria do arquiteto Eduardo Souto de Moura a profissionais que se destacam na execução da sua arte e ofício.

Em 2024, o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana recebeu cerca de 80 projetos candidatos oriundos de um recorde de 23 concelhos.

Um prémio de reabilitação urbana amplo

O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é organizado pela Vida Imobiliária. A edição de 2025 foi oficialmente apresentada a 7 de novembro, durante a Semana da Reabilitação Urbana do Porto, que se realizou nas Caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia. Na ocasião, António Gil Machado, diretor da VI, afirmou que “este não é necessariamente um prémio imobiliário, é um prémio das cidades, de tudo o que nelas se faz de bem, de âmbito nacional. Queremos ser realmente um prémio de reabilitação urbana amplo”.

Esta nova edição foi anunciada no âmbito da conferência “Premiar o respeito pelo património”, que contou com um debate moderado por Filipe Ferreira, Administrador da AOF / Membro da Direção do GECoRPA – Grémio do Património. João Rodrigues, vereador da Regeneração Urbana e Habitação da Câmara Municipal de Braga foi um dos convidados. Falando sobre o “Prémio Municipal de Reabilitação Urbana – Reabilita Braga”, cuja nova edição está a decorrer, referiu: “queremos que a reabilitação urbana seja reconhecida e falada pelo município, que demonstra ao público e aos profissionais que estamos atentos e queremos estimulá-la". Este prémio municipal “é mais uma peça dessa qualificação que queremos dar ao território municipal, criar uma espécie de ambiente propício à qualificação do que venha a ser construído no resto da cidade".

Exemplo da força transformadora da reabilitação urbana, Nuno Lopes, Administrador Executivo da Espaço Municipal, apontou o Bairro do Sobreiro, na cidade da Maia. "Temos um dos maiores empreendimentos sociais do concelho no centro da cidade", um edificado que "deveria ter sido demolido", mas que "passou por um processo de redefinição estratégica nos últimos 20 anos" e é hoje um empreendimento amplamente premiado, desde logo pelo IHRU.

Do lado da arquitetura, Adriana Floret reconhece que "hoje já temos uma série de exemplos de como se pode fazer a reabilitação urbana, mas há uns anos atrás tínhamos muita dificuldade a justificar as nossas opções ao nível do desenvolvimento dos projetos". Vencedora do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, Adriana Floret reconhece na arquitetura "um papel transformador".

Também o setor dos materiais tem multiplicado esforços para responder às exigências de arquitetos, promotores e clientes finais, num esforço que procura equilibrar preços das matérias-primas e qualidade dos produtos. "Trabalhamos diariamente para encontrar soluções que permitam responder com eficácia às exigências. Cada vez mais procuramos a sustentabilidade ambiental", sublinhou Miguel Duarte, Responsável pelos Gabinetes de Projeto, MAPEI.

Admite que "o fator tempo é uma exigência" e que "a rapidez pode ser um risco na reabilitação" e recomenda que "precisamos de tempo para uma análise rigorosa e cuidada".