Reabilitação Urbana mantém tendência de recuperação

31/03/2021
Reabilitação Urbana mantém tendência de recuperação

Ainda que em terreno negativo a reabilitação urbana mantém a tendência de recuperação, com vários indicadores a registarem variações globalmente menos negativas, face aos meses anteriores. O índice que mede a opinião dos empresários relativamente ao volume da carteira de encomendas apresentou, em fevereiro, uma variação homóloga de -6,4%, o que representa uma recuperação face às quebras de 8,5% e de 13,4% observadas em janeiro e dezembro, respetivamente.

No mesmo sentido o índice que mede a evolução do nível de atividade fixou-se em -6,4%, em termos homólogos, ligeiramente melhor do que o valor registado no mês de janeiro (-6,5%).

O número de meses de produção contratada foi estimado em 8,5 meses, o que traduz um aumento face aos 7,7 e de 7,0 meses apurados em janeiro e dezembro, respetivamente.

Licenciamentos de habitação descem

A contrabalançar com a Reabilitação Urbana, em janeiro os licenciamentos de habitação desceram 10,9% em janeiro. E após 27 meses consecutivos de crescimento, também o consumo de cimento desceu 2,9% face ao ano anterior.

Em janeiro, o número de licenças de construção e reabilitação de edifícios habitacionais emitidas registou uma quebra homóloga de 10,9%, face a janeiro de 2020, coincidindo com o travão imposto à economia pelo novo confinamento. O número de fogos licenciados em construções novas desceu 20,6% face ao ano anterior.

Segundo a Síntese Estatística da Habitação, agora publicada pela AICCOPN, apesar desta quebra em termos homólogos mensais, a média apurada para os últimos 3 meses apresenta uma subida de 0,1% no total de licenças e de 6,3% no número de fogos.

Em janeiro, o valor mediano de avaliação bancária da habitação, apurado para a concessão de crédito, atingiu um novo máximo histórico, de 1.170 euros/m², um aumento de 6,1% face a janeiro de 2020, entretanto já superado pelos 1.174 euros registados em fevereiro.

No mesmo mês, e depois de 27 meses de consecutivos aumentos em termos homólogos, também o consumo de cimento no mercado nacional registou uma redução de 2,8%, face a janeiro de 2020.