Rua do Alecrim vai ter 14 novos apartamentos habitacionais premium

22/05/2024
Rua do Alecrim vai ter 14 novos apartamentos habitacionais premium
Alure

No número 23 da rua do Alecrim, principal ligação entre o Chiado e o Cais do Sodré, em Lisboa, está a ganhar forma um dos mais recentes projetos residenciais da Adriparte, o Alure, fruto de um investimento superior a 14 milhões de euros.

O projeto tem um total aproximado de 3.300 metros quadrados distribuídos por 14 unidades com tipologias T1 a T3 e 4 frações comerciais. É da autoria do reconhecido arquiteto Samuel Torres de Carvalho.

Em entrevista ao Público Imobiliário, Pedro Barbas, da Adriparte, recorda que este projeto, “devolve ao edifício a sua função habitacional há muito perdida, criando espaços funcionais e com todo o conforto e segurança domésticos exigidos hodiernamente, respeitando-se o carácter e nobreza do pré-existente. Assim, se por um lado se respeitam as mais recentes normas em matéria de reforço  antissísmico e condições de conforto acústico,  por outro as opções em matéria de materiais e acabamentos evidenciam uma evocação dos tempos originais do edifício, fazendo-o não através da imitação, mas de uma reinterpretação moderna e contemporânea”.

O Alure é essencialmente vocacionado para o segmento alto e para habitação permanente dos seus ocupantes, um público “nacional e internacional, com preferência por viver numa zona central e histórica da cidade, com toda a segurança e conforto contemporâneos e que valoriza a proximidade ao rio e o acesso a um lifestyle cosmopolita”.

Está atualmente em fase final de construção, e deverá ficar concluído já no final do próximo mês de julho. Segundo Pedro Barbas, “os clientes têm valorizado a qualidade das plantas, a compartimentação dos espaços e os acabamentos”. Todas as frações, mesmo as de tipologia T1, têm instalações sanitárias sociais e área fechada de lavandaria, primando pela “nobreza dos materiais e pormenores na execução,  como a pintura interior das caixilharias no mesmo tom pastel das portadas e rodapés”.

Por se tratar de habitação vocacionada para uso próprio e permanente, “o comportamento inicial do mercado neste projeto foi de expectativa para confirmação da qualidade do executado face ao projetado, percebendo-se agora, na fase final de construção, um maior fluxo de interessados com decisão efetiva de compra. Comportamento que foi ao encontro das nossas expectativas, pelo também esperado nível de exigência do cliente neste segmento”, completa ainda o responsável.

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Exigências do património foram os principais desafios

O Alure situa-se numa zona urbana consolidada e de património classificado, o que foi um desafio acrescido na sua elaboração, num local com muitas restrições espaciais, logísticas e administrativas para montagem de estaleiro, armazenagem de materiais e realização de operações de carga e descarga, que careceram da emissão de variadas licenças da CML, que nem sempre respondeu com a celeridade desejada, segundo a Adriparte.

Por outro lado, Pedro Barbas recorda que o edifício “é caracterizado na sua base por um sistema de pilares e abóbadas que se mantiveram. A compartimentação de grandes áreas comuns revelava-se de difícil execução com o sucesso que um projeto desta natureza exigiria. Ainda assim, destacamos a existência de arrumos individuais para cada habitação e um sistema de estacionamento automatizado para várias frações, uma raridade em propostas deste tipo de reabilitação, em especial nesta localização”.

Acresce que a localização em área classificada “impede a aplicação de algumas importantes medidas de eficiência energética, como a colocação de painéis fotovoltaicos a fim de preservar a identidade visual do casario histórico desta área”. No entanto, a sustentabilidade foi sempre uma preocupação no projeto, e “foram tomadas diversas outras importantes medidas, como a aplicação de caixilharia em madeira com alto desempenho térmico, de materiais para isolamento térmico das paredes de fachada (a partir do interior para manutenção dos materiais originais do exterior), a instalação de pontos de carregamento para veículos elétricos ou a adoção de bombas de calor como sistema de alimentação dos sistemas de AVAC e AQS”. A Adriparte também optou por processos de construção mais sustentáveis, nomeadamente na qualificação, separação e aproveitamento do entulho de obra, diminuindo o nível de desperdício.

Millennium bcp “revelou-se um parceiro fundamental” 

O Millennium bcp foi parceiro no desenvolvimento do Alure. Para Pedro Barbas, o banco “revelou-se um parceiro fundamental no sucesso deste projeto em várias dimensões”, nomeadamente “pelas condições muito competitivas que propôs”. Destaca “a agilidade e proximidade de toda a equipa que connosco se relacionou, sempre numa cultura de exigência e profissionalismo, com espírito de colaboração e procura de soluções para qualquer imprevisto. Sentimos ainda que beneficiámos da associação a uma marca com a reputação do Millennium bcp, especialmente junto dos nossos clientes”.

O projeto foi também elegível para financiamento através do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas – IFRRU 2020, que “não só se revelou de importância acrescida do ponto de vista financeiro, em especial num cenário de subida abrupta das taxas de juro de referência no período de execução da obra, mas sobretudo por se ter revelado um importante guia orientador para o nosso alinhamento com as melhores práticas e políticas públicas em matéria de reabilitação urbana e eficiência energética”, conclui Pedro Barbas.

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