O setor do alojamento turístico no Alentejo contabilizou, em março passado, cerca de 170 mil dormidas. Um número que, quando comparado com março de 2021, representa um crescimento de 175,8%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). As dormidas de residentes aumentaram 119,5% e as de não residentes 467,2%, face a período homólogo. O setor turístico mantém, assim, o crescimento e a recuperação depois das quebras registadas devido à pandemia. O país registou quatro milhões de dormidas, o que representa um crescimento homólogo de 543,2%.
Se, em Portugal, o Alentejo já é, por eleição, um destino de férias, sejam prolongadas ou para escapadelas de fim de semana, cada vez mais, em termos internacionais, esta região tem ganho projeção. A ajudar à dinamização deste destino além-fronteiras, a missão empresarial para relançamento do turismo pós-covid, através da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL), promoveu até 14 de Maio, uma apresentação da oferta turística dos territórios interiores do Alentejo pelos Estados Unidos da América e pelo Canadá.
No âmbito da iniciativa Invest in Alentejo, a missão empresarial percorreu as cidades de Washington DC, Chicago e Boston nos Estados Unidos da América e em Montreal e Toronto, no Canadá, cidades que demonstraram interesse pelo turismo rural e do interior.
Os Estados Unidos da América e o Canadá são dois importantes mercados emissores de turistas, integrando o Top 10 dos mais importantes mercados internacionais para o Alentejo, com destaque para o facto do mercado americano ter ocupado a quarta posição em termos de dormidas registadas na região, em 2019. Este mercado tem também um enorme impacto na atenuação da sazonalidade, com a maior concentração da procura a situar-se na ‘shoulder season’, primavera e outono, e na receita gerada.
Enoturismo, gastronomia e não só
“Após dois anos, durante os quais procurámos alimentar a presença nestes mercados utilizando uma forte presença online junto da operação turística, torna-se agora necessário retomar as ações diretas junto de Operadores e Agentes, recuperando, e até reforçando, as dinâmicas que a década passada bem ilustra. Queremos que estes novos clientes, que agora nos propomos captar, tenham como destino mais específico os territórios mais interiores do Alentejo, satisfazendo assim um interessado que estes mercados têm vindo a revelar por produtos como o património e a cultura local, o Enoturismo e a Gastronomia, bem como os produtos de turismo ativo, sobretudo no âmbito do Walking e do Cycling.”, destacou o presidente da Turismo do Alentejo-ERT e da direcção da ARPTA, Vítor Fernandez da Silva.
“Dando continuidade à sua estratégia de internacionalização e promoção externa da região Alentejo, a ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, líder da iniciativa Invest In Alentejo, apoia e acompanha o roadshow das Agências de Promoção do Alentejo e do Porto e Norte de Portugal pelos Estados Unidos da América e Canadá, numa missão de valorização e desenvolvimento das potencialidades turísticas da respetiva área regional de turismo. Este é também um claro esforço de relançamento do turismo num cenário pós-Covid, enquanto atividade geradora de riqueza e bem-estar em todo o território, ao apostar na diversificação de mercados e segmentos.”, destaca João Grilo, presidente da ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo.
Évora em destaque
A cidade de Évora é o principal polo urbano da região, em termos populacionais e funcionais. A dinâmica social e económica da cidade conseguiu contrariar a tendência da região no seu conjunto, mantendo um crescimento idêntico ao de outras cidades médias portuguesas até ao ano de 2001, invertendo depois essa tendência, refletindo a influência de movimentos migratórios pouco expressivos, ainda assim suficientes para compensar o saldo natural.
Pela sua localização, Évora constitui-se como espaço charneira entre o Litoral Alentejano e a Estremadura Espanhola. De facto, a plataforma portuária de Sines assegura o transporte marítimo de cargas entre o sul e o norte da Europa, bem como o acesso rodoviário (pelas vias IC33, IP2 e A6) a toda a Europa, através da cidade-porta de Elvas. Admite-se que esta dinâmica seja reforçada no futuro através do corredor ferroviário da LTM (Linha de Transporte de Mercadorias).
A juntar a esta natural dinâmica do dia-a-dia, Évora tem vindo a ganhar cada vez mais projeção na sua vertente do turismo, ao ser Património da Humanidade, atraindo cada vez mais investidores deste setor, sejam nacionais ou estrangeiros.
Herdade das Ferrarias, Mourão, Évora
Portugal tem na sua essência o dom da hospitalidade, assente num leque variado de beleza natural, à qual se foi associando o desenvolvimento de soluções turísticas cada vez mais em linha com o bem-estar das pessoas. Apesar dos contratempos ainda existentes, a oferta de boas soluções turísticas continua a existir, com valor e em equilíbrio com a natureza. E a propriedade Herdade das Ferrarias, com tudo o que significa, fará a diferença num projeto turístico a desenvolver em breve. Vejamos as suas caraterísticas.
A Herdade das Ferrarias situa-se na área de influência da albufeira da Barragem do Alqueva, no concelho de Mourão e distrito de Évora, a cerca de 3,1 km a norte da N256, a 6,2km a norte de Mourão e junto à fronteira com Espanha.
Na sequência da construção da Barragem do Alqueva, a área desta propriedade é regulamentada simultaneamente pelo Plano de Ordenamento das Albufeiras do Alqueva e Pedrógão (POAAP) e pelo Plano Regional de Ordenamento do Território da Zona Envolvente da Albufeira do Alqueva. O Plano de Pormenor da Herdade das Ferrarias (PP) existente, o qual estabelece as medidas a adotar, obrigatoriamente, para que a construção na envolvente da albufeira não afete o equilíbrio ecológico da região, não tem prazo de vigência máximo, segundo a CM de Mourão, pelo que se encontra eficaz sem termo e não se prevê, no contexto da Revisão do PDM a concluir em 2022, qualquer alteração ao regime de uso do solo para o terreno em questão.
A propriedade é composta por 6 prédios (3 rústicos, 2 mistos e 1 urbano), para a qual pode ser avaliado um projeto turístico de grandes dimensões, tendo por base o definido no PP e as potencialidades construtivas para essa finalidade previstas no POAAP. No total são 197,4 ha que em termos de ocupação turística pode atingir a capacidade máxima de 972 camas, com uma área de ocupação do solo de 78.960 m2 e área total de construção acima do solo de 69.355 m2, para desenvolvimento de um Boutique Hotel e de um aldeamento turístico, conjugados com um campo de golfe.
A aquisição deste ativo poderá enquadrar-se no interesse de uma empresa ligada ao ramo hoteleiro, assim como, de investidores ou promotores imobiliários que pretendam explorar toda a sua capacidade edificativa e o potencial de oferta turística, incluindo uma zona balnear com condições de excelência, numa zona muito procurada para turismo e lazer.
Para informações adicionais, contactar o gestor do Millennium bcp, pelo e-mail: nuno.batista@millenniumbcp.pt, ou pelo telefone +351 915296774.