Neste momento não sei responder à pergunta provocatória que coloquei no título deste artigo. Mas acredito, que esta tecnologia, como as que foram surgindo ao longo do tempo, vai decerto ajudar a processar mais informação, de forma radicalmente mais rápida, e ajudar também a criar novos produtos e soluções para o mercado imobiliário.
Voltemos ao Google Bard. A curiosidade instalou-se e decidi colocar algumas perguntas, partilho aqui a resposta – tal como me foi dada – pelo Google Bard no dia de ontem (18 de Julho de 2023).
Pergunta: Porque não se constroem mais casas em Portugal?
Resposta:
“Existem vários motivos pelos quais não se constroem mais casas em Portugal. Alguns dos principais motivos incluem:
- Dificuldade de obtenção de licenças de construção. O processo de obtenção de licenças de construção em Portugal é muitas vezes longo e burocrático, o que desencoraja os promotores imobiliários de construir novas casas.
- Aumento dos custos de construção. Os custos de construção de casas em Portugal têm aumentado nos últimos anos, devido ao aumento do custo dos materiais de construção, da mão-de-obra e dos impostos.
- Falta de terrenos disponíveis para construção. A falta de terrenos disponíveis para construção é um problema crescente em Portugal, especialmente nas grandes cidades.
- Aumento da procura de casas. A procura de casas em Portugal tem aumentado nos últimos anos, devido ao crescimento da economia e à imigração.
Estes fatores têm contribuído para o aumento do preço das casas em Portugal, o que torna mais difícil para as famílias de baixos rendimentos ter acesso a uma casa própria”.
Pergunta seguinte: O que é necessário fazer para se construírem mais casas em Portugal? Resposta:
“Existem várias coisas que podem ser feitas para se construírem mais casas em Portugal. Algumas das medidas mais importantes incluem:
- Simplificar o processo de obtenção de licenças de construção. O processo de obtenção de licenças de construção em Portugal é muitas vezes longo e burocrático, o que desencoraja os promotores imobiliários de construir novas casas. O Governo pode simplificar este processo, tornando-o mais eficiente e transparente.
- Reduzir os custos de construção. Os custos de construção de casas em Portugal têm aumentado nos últimos anos, devido ao aumento do custo dos materiais de construção, da mão-de-obra e dos impostos. O Governo pode reduzir estes custos, oferecendo incentivos fiscais aos promotores imobiliários e aos particulares que construam novas casas.
- Disponibilizar mais terrenos para construção. A falta de terrenos disponíveis para construção é um problema crescente em Portugal, especialmente nas grandes cidades. O Governo pode disponibilizar mais terrenos para construção, através de parcerias com privados ou através da construção de terrenos públicos.
- Promover a construção de casas a preços acessíveis. O Governo pode promover a construção de casas a preços acessíveis, oferecendo incentivos fiscais aos promotores imobiliários que construam casas a preços acessíveis. O Governo também pode criar programas de habitação social, que ofereçam casas a preços acessíveis a famílias de baixos rendimentos.
Estas medidas podem ajudar a aumentar a oferta de casas em Portugal, o que vai contribuir para reduzir o preço das casas e tornar mais fácil para as famílias de baixos rendimentos ter acesso a uma casa própria”.
Conclusão:
A ferramenta de inteligência artificial da Google sintetizou o problema da habitação em Portugal em quatro pontos e conseguiu, com a mesma simplicidade, traçar soluções. Creio que não vale a pena debruçarmo-nos sobre a profundidade, detalhe ou eventual redundância das respostas, mas sim que os fatores que originam a crise habitacional em Portugal estão bem identificados, de tal forma que uma ferramenta como esta rapidamente os identifica.
A questão para a qual ainda não há resposta, infelizmente, é: Como se ultrapassa a crise habitacional em Portugal? Julgo ainda não haver verdadeiras e eficazes respostas e, as que se conhecem ainda estão no papel e no plano. Urge colocar mãos à obra e resolver este que é talvez o maior problema social, económico e político que o nosso país vive na atualidade.