Sabendo que os edifícios representam cerca de 40% do consumo energético e 36% das emissões, continuar a construir como sempre se fez, já não é viável. A XIII edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana surge como referência para o setor, ao destacar intervenções que fazem da sustentabilidade a nova norma, combinando eficiência, circularidade, coesão e ambição arquitetónica.
Neste percurso, a ADENE tem assumido um papel estratégico nesta transição, promovendo soluções concretas que vão desde a eficiência energética à literacia dos cidadãos, com instrumentos estruturantes como o Sistema de Certificação Energética, a etiqueta CLASSE+, o programa ECO.AP 2030 e a plataforma casA+.
A reabilitação sustentável já não é apenas uma questão técnica. É uma alavanca para regenerar cidades, impulsionar a economia e promover inovação. Hoje, reabilita-se com materiais circulares, energia renovável e foco na descarbonização. É uma nova forma de habitar, mais alinhada com o território, o clima e as pessoas.
Em Portugal, a mudança já se faz notar em residências, equipamentos públicos e habitação social, onde estética e eficiência caminham juntas. Mas para garantir que esta transição se consolida, é essencial investir na qualificação dos profissionais, no financiamento e numa fiscalidade que valorize o que é sustentável. A sustentabilidade não pode ser uma opção, mas sim um critério de qualidade.
A XIII edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é mais do que um evento. É uma afirmação de compromisso com o futuro. Ao destacar a sustentabilidade, reconhece quem reabilita com responsabilidade e uma visão intergeracional.
Reabilitar com consciência é cuidar do futuro. É garantir cidades mais eficientes, mais justas e mais verdes. E este é o valor que importa reconhecer e multiplicar.