O Páteo da Cordoaria fica localizado na rua da Junqueira a um passo da marginal ribeirinha que vai de Alcântara a Belém. Junto a um grande conjunto de edifícios culturais e com várias ofertas de restauração, esta zona caracteriza-se também pela proximidade de um importante conjunto de infraestruturas e serviços como equipamentos de saúde e desportivos.
Este projeto segue a intenção do promotor de participar na transformação urbana da cidade, através da requalificação dos edifícios e vazios urbanos existentes na cidade. Nesse caso, um terreno ocupado por edifícios industriais degradados, é substituído por condomínio residencial de elevada qualidade estética e arquitetónica.
O Páteo da Cordoaria situa-se numa das áreas históricas da cidade, uma área com uma grande diversidade de tipologias e estilos arquitetónicos, de grande qualidade estética. Aquela que no passado era uma das saídas da cidade para Belém e para poente, foi ocupada por palácios a partir do século XVII, viu nascer a Cordoaria em meados do século XVIII e posteriormente foi assistindo a um desenvolvimento qualificado da malha urbana.
A proximidade do Rio e a presença da Cordoaria e da arquitetura palaciana e burguesa dos séculos XVIII e XIX, a par das casas simples de modestas cantarias, constituem a qualidade e a riqueza deste ambiente urbano, que está a assistir ao aparecimento de novos movimentos, galerias de arte, lojas de decoração e novos restaurantes. Está a tornar-se uma zona trendy com vários edifícios degradados a serem recuperados e a dar lugar a uma oferta residencial de elevada qualidade.
Um diálogo com a memória industrial
Intervir neste local obriga a respeitar o existente, e o projeto de arquitetura do atelier Teresa Nunes da Ponte pretendeu dialogar com a memória industrial que existia neste terreno, com uma expressão marcadamente contemporânea, com um desenho depurado de traço simples e elegante.
O conjunto é um pequeno condomínio de 16 apartamentos com acabamentos de elevada qualidade e diferentes tipologias para vários tipos de procura. Os apartamentos de T1 a T4 distribuem-se por 4 blocos abertos sobre um “Páteo” com uma piscina no centro e uma cuidada intervenção paisagística.
Uma das principais preocupações da arquitetura foi oferecer apartamentos amplos, confortáveis e luminosos e, embora nem todos os apartamentos tenham um jardim privativo, todos usufruem de um espaço verde comum, protegido e intimista, que determina a vivência do conjunto. Podemos entrar em casa através do jardim, ou utilizá-lo tanto para uma leitura na sombra de uma árvore, como para a brincadeira das crianças no relvado ou na piscina. Podemos ainda apenas olhá-lo através dos grandes vãos, no recolhimento das casas.
O condomínio oferece 42 lugares de estacionamento, arrecadação, ginásio, jardim e piscina.
As obras de demolições já terminaram e a construção nova inicia-se em maio de 2022 com conclusão prevista para maio de 2024.
