Estão a concurso na edição deste ano do Prémio Jovens Arquitectos 41 projetos e arquitetos com menos de 40 anos. As inscrições fecharam a 8 de março.
O Prémio Jovens Arquitectos é coorganizado pela Vida Imobiliária e pelos arquitetos Marco Roque Antunes, Paulo Serôdio e Paulo Durão, mentores do podcast Arquitectura Agora. Esta segunda edição do Prémio foi apresentada em fevereiro, e durante um mês puderam inscrever-se profissionais com inscrição em vigor na Ordem dos Arquitectos e com idade inferior a 40 anos, jovens promessas da arquitetura nacional, com um projeto de sua autoria de construção nova ou reabilitação urbana, concluído entre 1 de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2022.
De acordo com o coletivo comissariado do Prémio, este galardão “confere prestígio aos seus autores, consolida as boas práticas e poderá ter impacto direto tanto na prática de outros autores, quanto no ensino de arquitetura”. O principal objetivo é “promover e reconhecer o trabalho desenvolvido pelas novas gerações de arquitetos portugueses, distinguindo as melhores obras de arquitetura apresentadas por arquitetos com menos de 40 anos”. Este prémio pauta-se por ser “muito "anti-establishment", não procura os formalismos em voga; tem no seu ADN um caráter mais propositivo, e não apenas pelo facto de se poderem unicamente candidatar obras de jovens arquitetos mas porque as mesmas são avaliadas também por um júri composto por jovens arquitetos”.
A organização do PJA considera que prémios deste género são “ótimas ferramentas para sentir o mercado”, numa altura de saída da pandemia e com uma nova guerra às portas da Europa, passando por alterações geopolíticas “com enormes impactos na economia e uma disruptiva e forçada relocalização das cadeias de abastecimento”». Estes são “fatores de enorme transformação do panorama do setor da construção - por um lado, com imediato impacto nos custos de construção, por outro, fatores capazes de colocar Portugal numa nova rota mundial de investimento”. E por isso “talvez possamos assistir a preocupações com os custos de construção e também ambientais, obras inscritas que abordem temas relacionados com construção sustentável, economia circular, redução das emissões de carbono”. O comissariado espera que os projetos a concurso reflitam “novas sensibilidades e posicionamentos, novas urgências do habitar, do espaço público, da sustentabilidade, da inovação tecnológica. Sabemos de antemão que iremos ser surpreendidos pelos nossos colegas arquitetos”.
O Júri do Prémio Jovens Arquitectos, constituído pelos arquitetos Patrícia Robalo (Presidente do Júri), António do Fundo Ferreira (vencedor da edição de 2022 do PJA) e Mário David Serrano, tem agora pela frente a difícil tarefa de eleger os três finalistas e de entre eles o vencedor. O júri é assessorado pelos curadores desta iniciativa, os arquitetos Marco Roque Antunes, Paulo Serôdio e Paulo Durão.
A 2ª edição do PJA integra a programação da 10.ª edição da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa. De 29 a 31 de março, na Fábrica XL, no Lx Factory, poderá visitar a exposição de apresentação dos três finalistas, e o vencedor será revelado no dia 29 de março.