ALP defende propostas para estabilizar e relançar o mercado de habitação

19/10/2022
ALP defende propostas para estabilizar e relançar o mercado de habitação

A Associação Lisbonense de Proprietários, em representação de mais de dez mil proprietários urbanos à escala nacional, apresentou ao Governo e aos partidos com representação parlamentar um vasto pacote de medidas a inscrever no OE23, tendo como alvo "estabilizar e relançar o mercado de habitação em Portugal e salvar o arrendamento".

De acordo com comunicado "o pacote de 17 propostas apresentado pela ALP tem como objetivo promover uma maior justiça fiscal na tributação sobre os rendimentos e a garantia de que existe uma efetiva 'neutralidade fiscal' na sequência das limitações impostas pelo Governo no âmbito do arrendamento, em sede das atualizações das rendas em 2023 e do prolongamento indefinido do congelamento de rendas".

A associação refere que é necessário "inverter a estratégia política e fiscal até agora seguida", pois acredita que a "reversão da crise da habitação passa inquestionavelmente pela reposição da confiança dos proprietários no Estado de Direito e nas instituições democráticas".

A ALP entrega este contributo anualmente para discussão tendo como base uma "cuidadosa análise das estatísticas oficiais – quer da AT (Autoridade Tributária), quer do INE (Instituto Nacional de Estatística) e dos dados do universo da ALP, que é a maior associação de proprietários do país", refere a ALP, acrescentando que estas propostas "refletem o profundo conhecimento que a associação tem sobre a real situação dos proprietários urbanos portugueses".

Em primeiro lugar, "os proprietários portugueses ambicionam que a proposta de OE 2023, no que concerne à fiscalidade sobre o património imobiliário, possa reverter de imediato o impacto perverso que causou a imposição de um teto de 2% à atualização anual das rendas em 2023, face aos 5,43% de inflação apurada pelo INE em Agosto".

De destacar, entre as 17 medidas apresentadas pela Associação Lisbonense de Proprietários: a instituição de “princípio de tratamento fiscal mais favorável” totalmente automático; coeficiente de “neutralidade fiscal” tem de vigorar em anos posteriores a 2023; abolição imediata do AIMI e duplicação das isenções a conceder em sede de IMT para compra de habitação própria permanente; reforço de incentivos e benefícios fiscais ao arrendamento; reativação da Comissão de Monitorização do Mercado de Arrendamento.