A margem esquerda do rio Douro, frente ao centro histórico do Porto, tem um novo hotel, o Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel.
Esta unidade hoteleira de 150 quartos resulta da reabilitação integral das antigas caves da Kopke, numa área total de 31.000 metros quadrados. O investimento global foi de 50 milhões de euros.
O principal público-alvo deste hotel são os viajantes internacionais de luxo que procuram uma experiência de 5 estrelas, cultura, história, gastronomia e que queiram conhecer o património do Vinho do Porto.
Este projeto foi da responsabilidade da A400, que explica que a empreitada contemplou intervenções em vários edifícios existentes, construídos entre meados do século XVIII e inícios do século XX, com paredes em alvenaria de pedra granítica e coberturas compostas por asnas de madeira e telhas cerâmicas tradicionais. O projeto destaca-se “pelos grandes desníveis entre as diversas naves que o integram, o que exigiu soluções estruturais e geotécnicas de elevada complexidade e sensibilidade. As naves existentes apresentavam características bastante distintas, o que implicou abordagens diferenciadas de reabilitação, de modo a responder a todas as exigências arquitetónicas e de engenharia”, recorda a empresa, em entrevista ao Público Imobiliário.
A A400 está também envolvida na construção do M-ODU, projeto promovido pela Emerge, do grupo Mota-Engil, sendo responsável pela engenharia. O antigo Matadouro Industrial do Porto está a ser transformado num espaço multifuncional, com componente empresarial, cultural ou de lazer.
A A400 destaca que “a visão inovadora [do projeto] é evidenciada pela integração harmoniosa de elementos históricos do edifício com funcionalidades modernas, preservando e restaurando as características originais do antigo matadouro e criando um espaço onde a história e o futuro se entrelaçam em cada parede restaurada. A colaboração da A400 com a equipa de arquitetura liderada por Kengo Kuma e a OODA garantiu que o M-ODU se tornasse um símbolo de inovação e revitalização urbana. À medida que o projeto avança, cresce o entusiasmo por ver o M-ODU ganhar vida e injetar nova energia no coração da cidade do Porto”.
Com a conclusão destes projetos, “pretendemos promover a requalificação e revitalização de áreas degradadas, garantindo melhores condições de habitabilidade e funcionalidade para o edificado, espaços públicos e infraestruturas, protegendo o património e promovendo a sustentabilidade e a coesão social".
