Building Collective investe no reforço da habitação de Vila Nova de Gaia

19/11/2025
Building Collective investe no reforço da habitação de Vila Nova de Gaia

Vila Nova de Gaia vai ter um novo edifício de habitação coletiva, o The Corner, que resulta de um investimento de 4,5 milhões de euros da promotora Building Collective. 

O edifício situa-se no gaveto das ruas Ramalho Ortigão e Oliveira e Silva, numa zona central da cidade, a poucos minutos a pé da estação de metro João de Deus. Tem 20 unidades com tipologias T1, T1+1, T2 e T2+2, além de espaços comerciais e estacionamento privativo. A área total de construção é de cerca de 2.500 metros quadrados. 

Em entrevista ao Público Imobiliário, Sofia Granjo, arquiteta e sócia-gerente da Building Collective, afirma que “o The Corner é um projeto de habitação coletiva contemporâneo que privilegia o conforto, a eficiência energética e a integração no tecido urbano central de Vila Nova de Gaia. Distingue-se pela abordagem arquitetónica rigorosa, pela qualidade dos materiais e pela preocupação em garantir um desempenho energético elevado através de soluções passivas e sistemas eficientes”. A premissa foi “criar habitação urbana bem localizada e com elevados padrões de conforto diário, afirmando uma arquitetura urbana contemporânea e eficiente, reforçando a oferta habitacional de qualidade numa das zonas mais centrais de Vila Nova de Gaia”. O principal público-alvo do The Corner são os jovens e casais que valorizam viver no centro da cidade, junto de boas acessibilidades e serviços. 

O projeto de arquitetura do The Corner é também assinado por Sofia Granjo, que descreve “uma malha compositiva rigorosa que estrutura a sua forma e permite uma leitura volumétrica clara no gaveto, que funciona aqui como ponto de convergência de escalas urbanas muito distintas. A articulação entre as duas vias que o delimitam e a relação direta com a rotunda — enquanto um dos principais acessos ao centro de Vila Nova de Gaia — conferem ao projeto um papel que ultrapassa a simples edificação”. 

Completa que “esta intervenção assume também um contributo significativo para a requalificação urbana do local, promovendo uma vivência pedonal mais qualificada e reforçando a continuidade e legibilidade do espaço público envolvente”. 

Neste projeto, a sustentabilidade “foi trabalhada sobretudo através de uma abordagem passiva e eficiente: isolamento reforçado, caixilharia com corte térmico, ventilação mecânica, equipamentos de baixo consumo e integração de energia renovável”, como bombas de calor e painéis fotovoltaicos, garantindo uma classe energética A. “O objetivo foi garantir conforto térmico ao longo de todo o ano, reduzir consumos energéticos e prolongar a durabilidade do edifício”. 

A obra do The Corner arrancou em maio deste ano, com um prazo de execução de 19 meses, o que significa que a estrutura ficará concluída até ao final deste ano, e que os apartamentos começam a ser entregues no início de 2027. Para já, 90% das unidades estão vendidas, e Sofia Granjo testemunha que as vendas “aconteceram de forma orgânica”. 

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The Corner é apoiado pelo Millennium bcp

Sofia Granjo recorda que este projeto “envolveu desafios significativos ao nível do licenciamento municipal, dada a sensibilidade urbana da localização e a necessidade de garantir uma integração cuidada no gaveto. Nesse âmbito, foi assegurado, em articulação com o município, que o projeto contribuísse para a requalificação desta zona central de Gaia, nomeadamente através da melhoria das condições de vivência pedonal e qualificação do espaço público imediato. O trabalho conjunto permitiu ultrapassar constrangimentos e concretizar uma solução que beneficia tanto o empreendimento como a envolvente urbana”. 

Todo o processo foi acompanhado pelo Millennium bcp. Para Sofia Granjo, o banco “teve um papel determinante no avanço do projeto. Para além de assegurar o apoio à promoção, destacou-se pela facilidade de comunicação e pela capacidade técnica na análise das várias fases do plano de negócios. O acompanhamento foi próximo, claro e consistente, o que permitiu resolver questões com rapidez e ajustar o financiamento às especificidades do edifício e aos objetivos definidos pelo promotor. Esta flexibilidade e proatividade ajudaram a garantir estabilidade ao processo e a manter o calendário da obra num contexto que, hoje, é particularmente exigente no setor da construção”. 

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