O nome do novo Central Freixo é uma referência direta ao local onde se instala: os terrenos da antiga Central Termoelétrica da EDP localizada no Freixo, fechados e degradados há décadas.
Conciliando o passado industrial com uma nova visão de futuro para a zona oriental do Proto, estes terrenos vão passar por um cuidado processo de regeneração, em dois sentidos. Por um lado, pela descontaminação de solos industriais já sem uso e, por outro, pela revitalização de uma zona da cidade desaproveitada, promovendo a sua preservação e desenvolvimento sustentável.
A visão para o novo Central Freixo é partilhada pela Freixo Magnum, consórcio promotor do projeto, composto pela Ginkgo Advisor, fundo de investimento europeu com vasta experiência na regeneração de solos urbanos em países como França, Bélgica e Espanha, e pela Emerge, empresa de desenvolvimento e promoção imobiliária do grupo Mota-Engil.

Uma nova dimensão urbana, com vista para o rio Douro
O Central Freixo estende-se entre a Rua do Freixo e Avenida Paiva Couceiro, chegando ao Rio Douro. Apesar de a oferta habitacional ser significativa (até 480 fogos, na totalidade do projeto), o consórcio pretende que o projeto se assuma como um lugar aberto à cidade.
Em mais de 56 mil m2, esta zona da cidade passará a contar com comércio, serviços, arruamentos e espaços verdes, tornando esta numa das maiores recuperações de território para uso público do país.
Só na primeira de cinco fases de construção, estão previstos 31.418 m² de áreas de cedência pública, abrindo à cidade um conjunto significativo de ruas, praças e espaços verdes até agora inacessíveis.
Esta fase comtempla ainda três edifícios com cerca de 14 mil m² de área edificada (66 apartamentos e espaços para comércio e serviços), organizados em torno de uma praça pública. Estão também previstas 10 moradias sobre o rio, inspiradas na arquitetura burguesa tradicional do Porto.

“O sítio é este. A nova cidade do Porto vai ser aqui”
O projeto de arquitetura do Central Freixo, assinado pelo gabinete Souto Moura Arquitectos, define o rio como ponto de partida. “O tema deste fragmento de cidade é o rio. Tudo é feito em função do rio”, afirma o arquiteto Eduardo Souto de Moura, Prémio Pritzker e figura incontornável da arquitetura contemporânea.
“Chegar a este monte de pedra e fazer uma cidade, com miúdos a brincar, com gente a viver, é uma coisa comovente”, confessa. Por esse motivo, a intervenção respeita o relevo e a memória do lugar: muros antigos, ladeiras, casas assentes sobre estruturas de suporte, praças e veredas inspiradas no centro histórico do Porto.
“Temos praças, temos jardins, temos alamedas como nas Fontaínhas”, descreve o arquiteto, acrescentando que este projeto “tem as condicionantes todas para ser bom, pedir mais é quase impossível”. “O sítio é este. A nova cidade do Porto vai ser aqui”, acrescenta.
A comercialização do projeto, que terá início em breve, contará com o apoio das consultoras Dils e Savills, parceiras para os mercados nacional e internacional.


