Comércio de rua (re)conquista espaço nas cidades

03/06/2020
Comércio de rua (re)conquista espaço nas cidades

O mercado tradicional, ou comércio de rua, ganhou um novo alento em contexto de pandemia. Após alguns anos a lutar com a atratividade e novidade dos mega espaços comerciais, nos últimos tempos o ‘charme’ das lojas de rua já vinha a cativar uma nova onda de consumidores, mais focados num atendimento personalizado e de proximidade. O contexto de pandemia acabou por generalizar este sentimento, transformando o comércio de rua numa necessidade face ao encerramento de muitos espaços de maior dimensão. Os consumidores voltaram a olhar para este conceito de comércio como algo diferenciador, capaz de fornecer atendimento personalizado num contexto ‘familiar’, altamente distintivo do comércio de ‘massa’. Outro aspeto que terá contribuído para esta reaproximação foi a capacidade de reinvenção dos espaços, agora condicionados pelas novas práticas de higiene e distanciamento social. A loja de bairro ganhou um novo significado neste período de afastamento social, uma tendência que deverá manter-se.

Várias consultoras, e ainda fora do contexto da Covid-19, já apontavam que, no setor do retalho, o crescimento do comércio de rua e do e-commerce iam ser as estrelas de 2020, como é o caso da Worx. Também a CBRE, no estudo “Tendências do Mercado Imobiliário 2020”, assumia que o comércio de rua iria manter um dinamismo “elevado”, particularmente em zonas impactadas pelo crescimento do turismo e pela reabilitação de diversos edifícios. Uma tendência que terá sido agora alargada para fora das grandes cidades e centros turísticos. As lojas de conveniência, o regresso dos barbeiros e mercearias de bairro são alguns dos exemplos de espaços comerciais que cada vez mais têm vindo a surgir um pouco por todo o lado.

O mercado imobiliário português movimentou 1,4 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2020, registando um crescimento homólogo "significativo" em todos os segmentos, disse a consultora Savills. No mercado de retalho, a consultora refere que o comércio de rua continuou a ser o maior dinamizador deste segmento.

Para todo o negócio há uma loja

Neste contexto de proximidade, o Millennium bcp tem a decorrer até setembro uma campanha, denominada ‘O comércio local não pode parar’, que permite aos clientes apresentarem as suas propostas online, apesar de os imóveis continuarem a ser promovidos pelos parceiros. “O envolvimento dos parceiros faz todo o sentido e é muito importante pelo carácter local desta campanha”, referiu Pedro André, da Unidade de Marketing da Direção de Crédito Especializado e Imobiliário do Millennium bcp. “O objetivo é devolver estas lojas ao comércio local”, que de resto foram as primeiras a poderem abrir ao público nas fases de desconfinamento.

A campanha apresenta oportunidades em todos os distritos do país, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores. São mais de 170 imóveis do segmento comercial, alguns deles com arrecadações ou estacionamentos acoplados, num total de cerca de 16,5 M de euros, com áreas e preços de venda individuais a partir de 9,5 m2 e 2.400€, respetivamente. Refira-se que alguns desses espaços comerciais são ex-sucursais do Banco, como tal, com boas localizações, boa visibilidade e com boas caraterísticas para acomodarem diferentes negócios comerciais.

Esta ação comercial terá uma visibilidade forte nos Media, com divulgação na imprensa diária e semanal, regional e especializada, bem como na rádio e sites da especialidade.

Está desde já visível no site do imobiliário do Banco e seguirá a lógica da bem conhecida ação “Faça a sua Oferta”, a qual tem tido uma muito boa recetividade por parte dos clientes. Os clientes interessados por um determinado imóvel da ação podem propor o seu preço de compra, caso discordem do preço de venda publicitado no site. O Banco, como proprietário dos ativos em questão, poderá aceitar ou recusar as propostas feitas pelos clientes, podendo estes, em caso de recusa, repensar ainda a sua proposta.

Pedro André reforça ainda a ideia de que “são lojas de rua, versáteis e adaptáveis a todo e qualquer negócio de proximidade, e com a vantagem adicional de os clientes poderem adquirir, em parte, estes imóveis com soluções de financiamento, que o Banco pode apresentar, viáveis e ajustadas às necessidades de cada atividade”.