Comércio local ganha novo impulso com regresso à “normalidade”

22/09/2021
Comércio local ganha novo impulso com regresso à “normalidade”

A pandemia despoletada pela Covid-19 veio trazer profundas mudanças no retalho e no comportamento dos consumidores. Se, antes, o comércio local e de bairro lutava para sobreviver, assente num nicho da população que “resistia” aos mega espaços comerciais, hoje a realidade é bem distinta. Várias consultoras que acompanham as tendências do mercado apontam para um “regresso” ao comércio de proximidade, evitando o que designavam por “apocalipse do retalho”. Ou seja, as lojas de rua voltaram a ser uma escolha para os consumidores, que optam agora mais rapidamente por fazer as suas compras no comércio local do que se deslocarem aos grandes centros comerciais, até porque estes foram dos últimos a serem contemplados nos vários passos do desconfinamento. Uma atitude que os especialistas admitem ter vindo para ficar e não apenas uma “moda” em consequência de um período de restrições.

A consultora JLL, por exemplo, diz que o apetite pelo mercado do imobiliário comercial português continua forte". Assim, parece que investir em lojas e escritórios, entre outros, tem sido uma boa aposta, somando já no primeiro trimestre de 2021, 221 milhões de euros”.

Lojas no Terraços da Ponte em venda

O Millennium tem à venda um conjunto de sete espaços comerciais, inseridos no empreendimento Terraços da Ponte, situado na freguesia de Sacavém: Urbanização de arquitetura moderna com bons e fáceis acessos a Lisboa, ao aeroporto, à A1, CRIL e Ponte Vasco da Gama.

Segundo o Banco, estas lojas apresentam áreas entre os 86 e os 345 m2, possuindo uma excelente versatilidade em termos de usos, quer comerciais, quer de serviços. “Destaca-se o espaço interior, o pé direito, as montras amplas, a saída de fumos, o estacionamento exterior e a facilidade para cargas e descargas, fazendo parte das frações lugares de estacionamento (box e abertos)”.

Os preços de venda situam-se entre os 86.600 euros e 294.700 euros.

Para o Banco, os imóveis em causa, espaços de âmbito comercial inseridos em urbanização de características habitacionais, “enquadram-se muito bem no que habitual e correntemente designamos por comércio local”, logo alinhados com nova tendência dos consumidores.

Para além da urbanização em que se inserem estes espaços, o Banco sublinhou ao Público Imobiliário o facto de este poderem ser utilizados perfeitamente quer para comércio, quer para serviços. “Destaco o facto de estarem à entrada de Lisboa e com bons acessos, em zona tranquila e com facilidade de estacionamento, a escassos minutos do centro da cidade ou mesmo de outras zonas habitacionais da capital”.

Procura de lojas tem sido crescente

Após a fase inicial da pandemia, em que a procura de espaços para comércio/serviços diminuiu, Carlos Nunes, do Millennium bcp explica que, a partir de maio de 2020, a procura de lojas e escritórios tem sido crescente, principalmente em localização dentro ou próximo dos grandes centros urbanos, e muito especialmente as que contam com boas acessibilidades e facilidade de estacionamento.

Quanto ao perfil de comprador, Carlos Nunes é da opinião que qualquer destes espaços é propicio quer para compradores finais, quer para investidores para a colocação no mercado de arrendamento. “Acreditamos que, sendo produto em muito boas condições e apto para várias valências, a procura será elevada e os contactos para qualquer um desses fins”.