Construção fecha 2020 com subida de 2,5%

13/01/2021
Construção fecha 2020 com subida de 2,5%

A produção do setor da construção resiste, supera expetativas e termina 2020 com um crescimento de 2,5%", afirmam a AICCOPN e a AECOPS no seu relatório de Informação Rápida sobre a Conjuntura da Construção de dezembro, num total de 13.739 milhões de euros. Este valor supera as perspetivas de junho, que no cenário mais favorável apontavam para uma subida de 0,6% da produção, em linha com as estimativas da União Europeia.

Os principais indicadores registaram evoluções favoráveis ao longo dos últimos meses, "tendo em consideração a quebra de cerca de 9,3% prevista para o PIB este ano em Portugal".

O investimento em construção e o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do setor registaram variações de 4,3% e 3,2%, respetivamente, nos primeiros três trimestres de 2020, em termos homólogos. Já o consumo de cimento no mercado nacional ascendia a 3,3 milhões de toneladas até ao final de novembro, um aumento de 10,9% em termos homólogos.

O relatório destaca que o valor bruto de produção da construção na habitação deverá registar uma subida de 4,5% em 2020, tendo em conta "um contexto de elevada procura nacional e internacional e de taxas de juro historicamente baixas, com a concessão de crédito para aquisição de habitação a crescer 6,4% nos primeiros 10 meses de 2020, a avaliação bancária da habitação a aumentar 4,9% até novembro e com o forte crescimento observado no licenciamento de fogos em construções novas em 2019 (+18,6%)".

Nos edifícios não residenciais, a quebra estimada do valor bruto de produção é de 0,5% para o total do ano, "tendo em consideração a quebra de atividade nos setores do comércio e do turismo, não totalmente contrabalançada pelo aumento da procura pública por este tipo de obras".

Do lado da engenharia civil, "apuram-se crescimentos relevantes até ao final do mês de novembro", quer ao nível dos concursos promovidos quer dos contratos de empreitada celebrados, com variações acima dos 20% no valor das obras promovidas. Considerando a duração prevista das obras, estima-se, assim, uma subida de 3% do valor bruto de produção do segmento para os 6.389 milhões de euros, segundo as associações.