No ano passado, os custos de construção de habitação nova aumentaram, em média, 3,9% face a 2022, apresentando um abrandamento de 8,3 p.p. face ao registado em 2022. É o que mostra o índice do Instituto Nacional de Estatística, divulgado a 9 de fevereiro.
No mês de dezembro, os custos de construção de habitação nova subiram 1,8% face a dezembro de 2022, um abrandamento de 0,6% face à taxa de variação homóloga do mês anterior.
No mês em questão, o preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -2,2%, mas o custo da mão de obra continuou a aumentar, 7,5%, contribuindo assim com 3,1 pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN. Os materiais contribuíram com -1,3 pontos percentuais.
Entre os materiais que mais influenciaram esta quebra da variação agregada do preço estão os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização com uma descida de cerca de 20%, o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada com uma redução de cerca de 15%. Já o consumo de produtos energéticos registou uma diminuição dos custos de cerca de 10%.
Em contrapartida, destacaram-se o betão pronto e artigos sanitários com crescimentos homólogos de cerca de 10% e o cimento, as tintas, primários, subcapas e vernizes com cerca de 5%.
De recordar que, em abril de 2022, dois meses depois do início da guerra na Ucrânia, os custos de construção de habitação nova subiram mais de 15%. Os materiais subiram, nesse mês, acima dos 20%, e têm vindo a abrandar a variação homóloga desde esse pico.