A concessão de crédito à construção poderá ter um alívio das regras em breve. A União Europeia tem em curso uma nova proposta de flexibilização das regras de concessão de crédito, aliviando os requisitos solicitados pela banca na hora de financiar a promoção imobiliária. O processo já esteve em consulta pública, e prevê-se que seja apresentado um relatório do mesmo até julho.
De acordo com a informação avançada pelo Negócios, os requisitos atualmente em vigor são mais rigorosos desde a crise financeira de 2008, e ditam que, para efeitos de ativos ponderados pelo risco (RWA, na sigla inglesa), os créditos concedidos nestas atividades sejam sujeitos a uma ponderação de risco de 150%. Por cada 100 euros emprestados, os bancos têm de ter em conta 150 euros na hora de calcular os RWA.
De acordo com a proposta em causa do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, essa ponderação passa a ser, em certos casos, de 100%. Por exemplo, quando se verificam uma de várias condições previstas, como a existência de “entradas” substanciais nos imóveis; o investimento, por parte dos promotores, de capital próprio não financiado pelos bancos; ou uma quantidade significativa de contratos de pré-venda assinados.
Fonte oficial do Banco de Portugal, citada pelo jornal, refere que tenderá a aumentar “a sensibilidade ao risco do chamado método padrão que exige que as instituições calculem requisitos de fundos próprios utilizando parâmetros fixos, que se baseiam em pressupostos relativamente conservadores”. “No caso das posições garantidas por bens imóveis destinados à habitação ou imóveis com fins comerciais, são previstos métodos mais sensíveis ao risco com o objetivo de refletir os diferentes modelos de financiamento e de fases do processo de construção”, cita o idealista/news.