Dinamismo de Lagoa reflete-se na elevada procura por imóveis para habitação

19/10/2022
Dinamismo de Lagoa reflete-se na elevada procura por imóveis para habitação

O concelho de Lagoa tem vindo a impor-se no contexto algarvio. A autarquia local tem vindo a potenciar e valorizar as características do território, das pessoas e das estruturas socioeconómicas de Lagoa, tendo em vista a satisfação das necessidades da comunidade mediante a rentabilização dos recursos humanos e financeiros, a promoção da modernização dos serviços públicos e a virtualização da informação. Um dos objetivos deste concelho é articular a ação da administração com os parceiros locais, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento social, económico, cultural, desportivo e educativo e tendo em vista constituir um referencial na área da solidariedade e da inclusão social, capacitada para ganhar os desafios da competitividade, da excelência territorial e da modernidade participativa e operativa, no quadro de um desenvolvimento sustentável e integrado.

Todo este dinamismo tem vindo a ter repercussões no tecido empresarial e na criação de postos de trabalho, com impacto direto no setor imobiliário que vê a procura por habitação aumentar a uma velocidade superior à criação de oferta.

Preço das casas supera em 40% valor da avaliação imobiliária

Como referência convém salientar que, segundo uma análise efetuada pela unidade de research da BA&N, o preço das casas aumentou 9,4% mas, no entanto, as avaliações mantêm-se abaixo dos valores de mercado, nomeadamente em Lagoa, onde a discrepância é superior aos 40%.

A região do Algarve apresenta os preços de transação mais elevados, com o preço médio do metro quadrado de compra na ordem dos 2.114 euros no final de 2021, face a 1.731 euros médios da avaliação. No concelho de Lagoa, o diferencial entre o preço pago pelos imóveis e o valor atribuído pelos peritos nas casas avaliadas encontra-se na órbita dos 42%. Por comparação, em Lisboa, a diferença entre um preço e outro é de 16%, por vias de um preço de venda médio de 3.723 euros por metro quadrado e de um valor médio de avaliação de 3.215 euros.

No arrendamento, onde igualmente a falta de oferta tem sido notória, em setembro as regiões do Norte e Algarve (0,4%) tiveram a variação mensal positiva mais elevada no que ao mês de setembro diz respeito.

No segundo semestre, a renda mediana aumentou em todas as sub-regiões NUTS III, face ao trimestre homólogo. As rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (9,95 euros/metros quadrados), Algarve (7,41 €/m²), Região Autónoma da Madeira (7,35 €m²2) e Área Metropolitana do Porto (7,06 €/m²). Estas sub-regiões, com exceção do Algarve, assinalaram crescimentos homólogos superiores ao do país.