Escritórios começam o ano em rota de recuperação

28/02/2024
Escritórios começam o ano em rota de recuperação
Pexels Pixabay

O mercado de escritórios da região de Lisboa arrancou o ano com uma dinâmica renovada na ocupação de espaços por parte das empresas, especialmente no que toca às grandes operações. Foram colocados 6.800 m² em janeiro, mais 73% que em igual mês do ano passado. 

De acordo com a JLL, 72% desta área (4.800 m²) diz respeito a três negócios acima dos 1.000 m². O maior ascende a cerca de 2.400 m², outro a 1.400 m² e uma outra operação a 1.000 m². 

“Pese embora o take-up de janeiro apresentar um volume pouco robusto face aos registos mensais nos anos mais fortes do mercado, é indicador de uma retoma importante da atividade. Obviamente tem de ser visto à luz de um mês de arranque de ano, naturalmente menos forte, mas abre perspetivas positivas para 2024 não só pelo crescimento de 70% face ao ano passado, mas também pelo regresso das operações a envolver grandes áreas”, comenta Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL.

No mês de janeiro, foram concretizadas 12 operações em Lisboa, sendo o total da área tomada para ocupação imediata. O Prime CBD foi a zona mais dinâmica, com uma quota de 45% do take-up.

“A melhoria das expetativas relativas à inflação e às taxas de juro faz-nos acreditar que a procura que adiou as suas decisões devido à incerteza macroeconómica, voltará ao mercado mais ativamente. Além disso, começam a surgir também mais espaços adequados aos novos requisitos das empresas em termos de adaptação aos modelos de trabalho, sustentabilidade e modernidade. Isso vai também reativar procura que não estava a encontrar resposta para as suas necessidades”, acrescenta Sofia Tavares.

No Porto, área ocupada desce quase 60% 

Por oposição, janeiro foi mais brando no Porto, com 1.300 m² ocupados, num total de 4 transações, todas para ocupação imediata. Este volume está 59% abaixo de janeiro de 2023 e foi maioritariamente (70%) ocupado na zona do CBD Boavista.