Évora destaca-se como destino de investimento imobiliário

21/04/2021
Évora destaca-se como destino de investimento imobiliário

Évora é o distrito no Alentejo que tem apresentado maior dinamismo no mercado de vendas de imobiliário. Aliás, Lisboa e Évora destacaram-se em 2020 como as cidades com maior procura relativa para comprar, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), da Pordata, do IEFP e do Idealista/data.

No mercado de venda, o valor médio nacional situou-se nos 1,2 pontos, sendo a procura relativa da oferta de imóveis residenciais mais pronunciada precisamente em Lisboa e Évora. Do lado oposto destacam-se os distritos do Funchal, Viana do Castelo, Viseu e Vila Real, onde a procura relativa é baixa.

Já o mercado de arrendamento, apresentou um valor médio mais elevado face à procura relativa de compra a nível nacional, situado nos 8,9 pontos. Entre os distritos com maior procura relativa de casas para arrendar estão Santarém, Beja e Portalegre.

De acordo com dados do mercado, 22% da procura por imóveis residenciais é internacional. Segundo os especialistas, o distrito de Évora torna-se particularmente atrativo para geografias como Espanha, França e Brasil, que lideram o ranking de países que procuram imóveis residenciais. Após as atuais restrições, acreditamos que possam regressar ao nosso país e mostrarem que o mais importante já não é só viver nas grandes cidades mas por todo o país. A explicação, para além da qualidade de vida fora das grandes cidades, é a capacidade que este distrito tem em oferecer soluções habitacionais direcionadas para as novas necessidades impulsionadas pela pandemia que há mais de um ano se instalou um pouco por todo o lado. Casas maiores, que contemplem espaços para escritório e estudo, para além de espaços exteriores, são cada vez mais valorizadas, normalmente com valores mais atrativos do que em grandes metrópoles como Porto e, sobretudo, Lisboa.

Estagnar não está no ADN dos investidores

Algumas evidências deste distrito, como caraterísticas culturais, gastronómicas entre outras, têm-se revelado muito apelativas, a acrescer à tendência gerada pelos novos hábitos na procura de habitações em zonas mais campestres, mais tranquilos e, ao mesmo tempo, com atratividade a vários níveis. A par da procura por novas habitações, com bons acessos às cidades limítrofes, acopla-se também a deslocação de algumas empresas, espaços comerciais de proximidade e suporte, bem como de apoio logístico e transporte.

A pandemia teve e continua a ter efeitos diretos na habitação, como em qualquer outro setor imobiliário, mas estagnar não parece estar no ADN dos investidores. São as novas construções, são as novas formas de dar vida onde se vai viver, onde se vai trabalhar, onde se vai comprar ou onde se vai armazenar para abastecer a vida do dia a dia.

São, certamente, muitas e variadas as atrações que esta região do Alentejo e Alentejo Central abarca e que a colocam na mira de muitos visitantes e também de pessoas interessadas em assentar e viver. Inclusivamente, os números de março, segundo o Barómetro mensal do Imovirtual, revelaram que Évora se destacou com o maior aumento de variação percentual do preço da habitação face ao mês anterior deste ano.

A importância de viver fora das cidades

Não é por acaso que alguns investidores equacionaram as razões de atração por este distrito, e decidiram aqui desenvolver alguns projetos imobiliários. É exemplo disso, o novo Évora Farm Hotel & SPA, com inauguração prevista para junho deste ano, após atraso causado pelos condicionalismos que, há mais de um ano, estão muito vincados em todo o mundo.

Carlos Nunes, do Millennium bcp, salientou ao Público Imobiliário o facto de o distrito de Évora dispor de uma excelente localização, estando a sua capital a cerca de 1h30m de Lisboa, com acesso, praticamente todo, por auto estrada. “Évora dispensa apresentações, já que é cidade património mundial pela UNESCO, e o distrito tem muito para oferecer, do ponto de vista cultural, paisagístico ou mesmo gastronómico, tendo como ponto de referência adicional o magnifico lago da barragem de Alqueva e tudo o que representa”.

O responsável referiu ainda que o contexto de pandemia veio introduzir novas realidades, desde logo, ao nível das condições de trabalho com recurso à distância, com a procura por espaços mais amplos e fora das cidades para viver. “O distrito de Évora, pela sua proximidade a Lisboa enquadra-se, neste novo ambiente, cada vez mais valorizado, permitindo que a pessoa mantenha a sua atividade profissional sem necessidade de residir no perímetro urbano da localização da empresa, e em simultâneo tenha um claro aumento da qualidade de vida de toda a família. Havendo necessidade de deslocação a Lisboa ou a outro ponto do país, já que através da A6 facilmente chegamos à A2, A15, A1, o acesso é rápido, de qualidade e com toda a segurança”.

Quer no segmento residencial, quer no segmento não residencial, a valorização desta região é notória, diz Carlos Nunes, “o que atribui atratividade aos imóveis que temos aqui para vender”.