Faro: oferta do parque habitacional não consegue superar procura

26/01/2022
Faro: oferta do parque habitacional não consegue superar procura

Nos últimos 10 anos, Portugal registou um ligeiro crescimento do número de edifícios e de alojamentos destinados a habitação, mostram os dados preliminares dos Censos 2021. Segundo este índice, trata-se de “um ritmo de crescimento bastante inferior ao verificado em décadas anteriores”. Neste espaço de tempo, os edifícios aumentaram +0,8% e as habitações +1,7%, quando na década anterior tinham subido 12% e 16% respetivamente.

Entre 2010 e 2020 os maiores aumentos do parque habitacional registaram-se nos Açores e no Algarve, com mais 1,7% e 1,1% de edifícios e 3,3% e 3,2% de habitações. Aliás, apesar de insuficiente, o número de habitações subiu em 72% dos municípios portugueses. No entanto, a oferta não tem conseguido colmatar a forte procura que se tem vindo a registar.

Os Censos mostram que se reforçou “ligeiramente” o peso da primeira habitação em detrimento das residências secundárias, num total de 4,1 milhões de residências permanentes e 1,1 milhões de residências secundárias ou de uso sazonal. Os alojamentos de primeira habitação representam 65% do total, mais 1,3% face a 2011, e as segundas habitações perderam importância relativa em 0,8%. São 723.214 os alojamentos vagos, 0,4% do total.

E se Lisboa tem a maior percentagem de alojamentos de residência habitual, num total de 79,6%, e a menor percentagem de habitações secundárias, de 9,7%, o Algarve destaca-se com 38,6%, sendo a região com maior peso das residências secundárias. No entanto, também nesta região, nomeadamente em Faro, os analistas dizem que a procura por primeira habitação tem vindo a aumentar de forma acentuada.

Apartamentos em Faro

O Banco apresenta ao mercado um conjunto de 11 apartamentos com arrecadação e estacionamentos e uma fração composta por uma arrecadação e 15 estacionamentos associados. Quanto às tipologias, temos 4 apartamentos T1, 4 apartamentos T2 e 3 T3, cada um deles com 2 ou mais estacionamentos e 1 arrecadação.

Os apartamentos T1 são compostos por hall, cozinha, sala, 1 quarto, 1 wc e 1 varanda. Face à composição dos T1, os apartamentos T2 apresentam adicionalmente 1 quarto, 1 wc, arrumos e 1 varanda, e os T3 mais 2 quartos, 1 wc, arrumos e 2 varandas. As cozinhas são semi-equipadas e com áreas generosas.

Estas frações inserem-se no Bloco A do Edifício Campos Residence, entre o rés do chão e o quinto andar, o qual está inserido na Urbanização Horta dos Pardais, uma zona estabilizada de 1ª habitação, em Faro. O edifício é considerado de boa qualidade de construção, as frações são novas e encontram-se em bom estado de conservação.

Neste conjunto de imóveis em venda, salientamos uma fração composta por uma arrecadação (com 187,5 m2) e 15 estacionamentos associados, também inseridos no edifício Campos Residence, o qual poderá ser um excelente investimento para quem necessite de um espaço para arrumos e que, em paralelo, identifique ali uma mais-valia na colocação dos estacionamentos em regime de arrendamento, o que efetivamente, não deixa de o ser naquela localização.

Em termos da área de localização, destaca-se a proximidade à Universidade do Algarve – Campus da Penha, à Escola Superior de Educação e Comunicação, ao Moto Clube de Faro e à Pista de Atletismo da cidade, entre outros pontos de referência, para além de comércio e serviços vários.

Como esperamos uma procura intensa por estes imóveis, prevemos que após a visitas que agendámos para o dia 3 de fevereiro, em regime de casa aberta, as propostas sejam muitas.

Situação excecional

Carlos Nunes, do Millennium bcp, confirmou ao Público Imobiliário que em Faro a situação não é distinta da registada em outras geografias do território nacional. “Também no Algarve, no que à carteira do Banco diz respeito, a escassez de oferta de imóveis habitacionais é uma realidade. A disponibilidade destas frações em Faro é, assim, uma situação excecional que lhe confere ainda mais interesse”.

E apesar de os ativos agora colocados no mercado pelo Millennium bcp não estarem nas primeiras linhas de praia, Carlos Nunes admite que, mesmo assim, é esperado que sejam alvo de interesse por parte dos investidores estrangeiros. “Para estas frações, não obstante se localizarem fora das primeiras linhas de praia, já recebemos contactos de investidores estrangeiros, quer para uso próprio, quer numa perspetiva de investimento (arrendamento). Na verdade, a excelente localização, atribui a estes apartamentos, e também à fração de estacionamentos, um importante fator de atratividade”.

Com uma procura superar a oferta, a disponibilização destas frações ajudará sempre o mercado, embora, salienta Carlos Nunes, não venham equilibrar, de forma alguma, o déficit da oferta, nem tampouco o rácio entre a oferta de habitação/não habitação. Além da sua centralidade, o especialista destacou o facto de os apartamentos terem estacionamentos e arrecadações, o que constitui uma mais-valia relevante, sobretudo quando se localizam numa zona de muito interesse e onde o estacionamento é difícil. “Reforço que esta é uma oferta ideal, quer para primeira habitação, quer para a colocação no mercado de arrendamento”.