No terceiro trimestre deste ano, o investimento direto estrangeiro chegou aos 5.600 milhões de euros, acima dos 4.200 milhões registados em igual período do ano passado. Um crescimento que foi impulsionado, em grande parte, pelo investimento de não residentes no capital de entidades portuguesas, que chegou aos 3.500 milhões de euros.
De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal (BdP), deste montante, cerca de 1.000 milhões de euros correspondem a investimento no setor imobiliário.
Entre julho e setembro, os rendimentos de IDE, pagos a não residentes, foram de 4.100 milhões de euros, superiores aos do período homólogo em 300 milhões de euros. Por outro lado, as transações de investimento direto de Portugal no exterior (IPE), recebidas de não residentes, totalizaram 2.000 milhões de euros, menos 200 milhões de euros do que no terceiro trimestre de 2023.
No final do período em análise, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal (IDE) era de 196.500 milhões de euros, e o de investimento direto de Portugal no exterior (IPE) era de 71.500 milhões de euros. Estes montantes representavam, respetivamente, 70% e 26% do PIB português.
Desde 2008 que ambos os stocks têm aumentado, embora a ritmos diferentes, detalha ainda a nota de informação estatística: o IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o terceiro trimestre de 2024, enquanto o IPE cresceu 32%. Quando medidos em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 25 pontos percentuais, mas o peso do IPE reduziu-se em 4 pontos percentuais.