Investimento imobiliário continua a ser um destino seguro

01/09/2021
Investimento imobiliário continua a ser um destino seguro

Apesar dos constrangimentos de mobilidade e da incerteza que o contexto atual ainda continua a gerar, a confiança dos investidores na recuperação do mercado já começou a sua trajetória ascendente, com uma capacidade crescente de adaptação estratégica por parte dos investidores. Segundo várias consultoras, o ritmo de recuperação está a ter diferentes velocidades para os diversos segmentos imobiliários, com maior resistência dos mercados de escritórios e logística.

Defendem ainda as consultoras que com as taxas de juros a manterem-se em níveis baixos, o investimento no setor imobiliário continuará, nos últimos meses do ano, a ser considerado um destino seguro para os investidores em comparação com outros produtos financeiros. Os elevados níveis de liquidez continuarão a ser direcionados para ativos prime em localizações centrais, mas com uma oferta de produtos mais escassa a concorrência será mais aguerrida.

À semelhança de 2020, o impacto dos negócios de grande dimensão no primeiro semestre foi bastante significativo, mas até ao final do ano esta quebra em Portugal deverá ser substancialmente corrigida. “O volume adicional de negócios com uma probabilidade muito elevada de fecho até ao final do ano totaliza €1.600 milhões, ao cumprir-se, este número aponta para um volume de transação em 2021 de cerca de €2.150 milhões em ativos imobiliários de rendimento. Ainda que este valor represente uma quebra de 23% face a 2020, importa destacar que se tratará do 4º melhor resultado de sempre do mercado nacional”, defende a Cushman & Wakefield. Já as perspetivas para 2022 apontam para uma retoma da atividade de investimento imobiliário comercial para os níveis pré-pandémicos.

Millennium bcp confiante nas oportunidades

José Araújo, diretor da Direção de Crédito Especializado e Imobiliário do Millennium bcp, acredita num final de ano muito positivo para o setor, nomeadamente na sua vertente comercial, pois todos os pressupostos de Portugal se mantêm, sejam os preços, as rendas em recuperação, com corredores verdes abertos e a vontade de investidores de apostarem no segmento do não residencial. “No Millennium bcp não se ressentiu qualquer quebra no primeiro semestre, tivemos inclusive um semestre com mais fechos que há um ano e estamos com várias operações de relevo em negociação, em ‘due diligence’ e até com contrato promessa de compra e venda assinados. Estamos confiantes no mercado e nas oportunidades que proporcionamos”.

Já na vertente residencial, José Araújo explicou que o mês de julho mostrou que a avaliação bancária voltou a subir, os preços mantiveram-se estáveis e com subidas nas grandes cidades, existindo acertos nas localidades onde existem menos residentes e por isso menor procura. “Verifica-se que existe produto novo de empreendimentos e novas reabilitações a chegar ao mercado por um lado, e que o mercado do arrendamento é ainda muito reduzido quer o com valores acessíveis ou o liberalizado, pelo que, estamos convictos que o fim do ano será muito positivo neste subsegmento, tal como no logístico, nos terrenos e como referido anteriormente no comercial”.

Edifício de comércio ou serviços, Águeda

Neste contexto, o Millennium bcp está a comunicar dois ativos comerciais, um situado em Águeda e outro na Maia. O espaço de Águeda trata-se de um edifício urbano onde funcionou uma agência bancária do Millennium bcp, inserido num lote de terreno com 736 m2. Desenvolve-se ao longo de 4 semi-pisos e é composto por uma estrutura que satisfazia essa anterior atividade, num total de Área Bruta Privativa e de Área Bruta Dependente de 305 m2 cada. Agregando estes semi-pisos e descrevendo a sua composição total interna, o edifício é constituído por vários espaços amplos (onde se incluem as antigas zonas de atendimento ao público), gabinetes, instalações sanitárias, compartimentos de apoio técnico e zonas de circulação. Esta é a composição atual do edifício que se encontra licenciado especificamente para sucursal bancária, mas outros usos poderão ser viabilizados, desde que sejam submetidos à validação da respetiva Câmara Municipal.

Em termos de localização, este imóvel beneficia da sua centralidade na cidade de Águeda, com uma envolvente caraterizada por edifícios multifamiliares de pequeno porte, com espaços comerciais ao nível do rés do chão. Esta localização central, próxima da Câmara Municipal e de vários serviços, entre os quais as conservatórias, as agências bancárias e outros, confere-lhe uma visibilidade e atratividade de grande valor para alguém com interesse em desenvolver qualquer tipo de negócio, não só de cariz comercial, como de serviços. No local, o estacionamento efetua-se em lugares de parqueamento na via ou parques sujeitos a pagamento, e os acessos rodoviários podem ser considerados como bons, dado estar próximo da N1.

Espaço comercial ou serviços, Maia

Inserido num edifício multifamiliar de 10 pisos, com comércio ao nível do rés do chão e cave, o espaço comercial em destaque localiza-se na cidade da Maia, do distrito do Porto. Este imóvel é composto por dois pisos, primeira cave e parte do rés do chão, num total de 1.550 m2 de Área Bruta Privativa. Tem acesso às arrecadações e garagem pelo nº 510 e acesso automóvel a partir de outra entrada. A cave é composta por hall, armazém, gabinetes, zona de arquivo, elevador e monta cargas. O rés do chão estrutura-se num hall, zona de exposição e outra de receção com montras amplas e luminosidade externa, gabinete, sala de reuniões e instalações sanitárias. Existe estacionamento gratuito nas proximidades do imóvel.

A boa localização deste espaço, que o coloca a poucos minutos a pé do centro da Maia, permite-lhe usufruir de várias linhas de autocarros e, em particular da proximidade à estação de metro “Fórum Maia”. Quanto às várias comodidades da área, podemos dizer que num raio entre 400 e 1.000 metros, encontram-se a Câmara Municipal da Maia, complexos desportivos, escolas e vários polos de serviços públicos, sociais e privados. A grande proximidade à A41., IC24 e N14 coloca esta zona a pouca distância das autoestradas do Norte.

Imóveis atrativos para clientes finais ou investidores

Rui Felgueiras, do Millennium bcp, garantiu ao Publico Imobiliário que estes dois ativos são muito interessantes a vários níveis. Por um lado, diz o especialista, em cidades como Águeda e Maia não existem para venda, imóveis com estas caraterísticas de centralidade, de áreas e de capacidade de adaptação para várias finalidades. “Por outro, os ativos são apelativos, quer para clientes de uso final, quer para investidores que procuram rentabilidade, colocando-os no mercado de arrendamento”. Rui Felgueiras referiu ainda que Águeda e Maia são cidades com forte componente, tanto de comércio de rua, como de serviços, pelo que, a expetativa é a de que os investidores, na sua análise às caraterísticas e potencialidades dos ativos, vão querer visitar e apresentar propostas de compra. “Na minha perspetiva, o edifício de Águeda, tem caraterísticas ideais para clínicas, gabinetes de arquitetura ou advocacia, para coworking ou espaço de atendimento público, por exemplo, da autarquia, espaço comercial de luxo. Já para o espaço da Maia poderá juntar-se, não só os anteriores referidos, ginásios, empresas de cariz informático/telecomunicações, espaços comerciais com apoio de armazém (porque tem um no seu piso inferior), atividades ligadas à decoração, beneficiando este espaço ainda de um amplo estacionamento exterior e interior”.

O segmento comercial em Aveiro e Porto, o Banco tem vindo a colocar ativos com tempos médios curtos, entre os 3 e 6 meses, o que em tempos de pandemia demonstra forte resiliência e um acreditar no mercado por parte dos investidores e clientes finais. “Para isso, contribui também o trabalho focado na definição de planos comerciais por ativo, traçando desde logo um caminho de abordagem e contatos aos segmentos que se perspetivam, dentro da nossa experiência, como os segmentos onde teremos sucesso de colocação no menor espaço de tempo”, finalizou Rui Felgueiras.