Lisboa e Porto fazem parte do conjunto das 11 cidades europeias mais procuradas na Europa no setor do imobiliário de luxo, segundo a publicação “Europa Cities Guide 2021” da imobiliária Knight Frank.
A lista é encabeçada por Paris, logo seguida por Lisboa e Porto, que encerram o “top 3”. Berlin, Frankfurt, Milão, Madrid, Barcelona, Viena, Genebre e Bucareste completam o ranking.
Para esta tendência terá contribuído o facto de a pandemia ter trazido uma reavaliação das necessidades imobiliárias, nomeadamente algumas relocalizações do investimento, ou uma maior procura por parte dos clientes domésticos em toda a Europa. E, segundo os especialistas, os promotores e construtoras "notaram o poder do mercado doméstico".
Segundo o índice PIRI 100 (Prime Residential Index) da Knight Frank, o mercado imobiliário de luxo teve um crescimento de 1.9% em 2020 comparado com 2019, havendo a tendência de que os investidores globais continuarão a mostrar interesse em investir em cidades europeias, sobretudo em cidades inseridas em economias viradas para a inovação, que têm um setor tecnológico em crescimento e uma procura elevada de arrendamento.
Segundo os especialistas, os clientes internacionais conhecem cada vez melhor o nosso país e sabem exatamente o que procuram.
Um euro de investimento gera 7 euros em Portugal
Por cada euro investido na compra de uma habitação por cada novo residente estrangeiro em Portugal são gerados 7 euros na economia portuguesa nos cinco anos seguintes, diz um estudo da Associação Portuguesa de Resorts com base em números do INE, do Eurostat e da OCDE, que integra os impactos diretos, indiretos e induzidos na economia pela compra de um imóvel.
Hoje, o reflexo da compra de uma habitação em cinco anos é cerca de sete vezes superior ao investimento inicial em Portugal de cada novo residente, seja ele estrangeiro ou português regressado. Assim, o investimento de 3.400 milhões de euros feito por novos residentes em Portugal em 2019, segundo o INE, vai gerar um impacto local de perto de 21.000 milhões de euros até ao final de 2023.
Os especialistas destacam que este número sublinha a extraordinária importância de, quer o Estado quer as empresas, desenvolverem a competitividade de Portugal na captação de investimento privado estrangeiro em imobiliário residencial. E dizem que no atual ambiente concorrencial, embravecido pela necessidade de recuperação pós-pandémica das economias, não bastam os atributos geográficos, climáticos, sociais e de qualidade da oferta.
Assim, aconselham a que a seja invertida a cada vez menor atratividade fiscal, legal e burocrática por forma a tornar Portugal apetecível aos que nos procuram para viver, trabalhar, criar família e se reformarem.
No ano de 2019, o Algarve representou 38% do valor deste investimento e 27% em termos de quantidade de imóveis. Lisboa tem uma fatia de 36% do investimento e de 21% em quantidade, e a região Centro detém já o segundo lugar, com 23% da quantidade de imóveis transacionados.
Segundo este estudo, em termos de receita, os principais compradores são oriundos da França, Reino Unido, Brasil, Alemanha, China, Espanha e Países Baixos. Já em valor médio os três primeiros lugares são ocupados pela China, o Brasil e o Reino Unido. Este último país é o principal comprador de imóveis premium, transacionados com valores acima dos 500.000 euros.
Relativamente à despesa anual das famílias estrangeiras em Portugal, são os franceses que mais gastam, logo seguidos pelos ingleses e pelos alemães.
O poder dos Vistos Gold
Para esta equação tem contribuído os Vistos Gold, já que, segundo dados do SEF, em 2019 foram vendidos imóveis acima de 500 mil euros no valor total de 584,6 milhões de euros ao abrigo dos Vistos Gold. Este valor, que os especialistas admitem ser importante para o setor do imobiliário residencial, representa menos do que 2,5 por mil do total dos imóveis urbanos transacionados no mesmo ano.
Preço do imobiliário de luxo
Lisboa integra, pela primeira vez, o índice Prime Global Cities Index da Knight Frank, em 24º lugar. Este índice analisa a evolução dos preços do imobiliário de luxo em mais de 45 cidades globais, e confirma agora uma subida dos preços no luxo ao nível global no primeiro trimestre de 2021.
O relatório destaca uma aceleração e subida de 4,6% em média dos preços do imobiliário de luxo global, "acima do normal" e "uma subida que não se verificava desde 2017".
Lisboa destaca-se como a 5ª cidade europeia no ranking das cidades que registaram um maior aumento dos preços, neste caso de 2,4%, neste período de 12 meses.
11 cidades registaram uma subida dos preços acima dos 10%, face a igual trimestre de 2020. 67% das cidades registaram um crescimento linear ou positivo.
Shenzen, na China, registou o maior aumento dos preços do imobiliário de luxo, de 19%, seguida pelos 16% de Shangai e de Guangzhou. Vancouver, Seoul, São Petersburgo, Los Angeles, Moscovo, Taipei e Miami encerram o top 10, com subidas dos preços entre os 10% e os 15%.
Moradia de luxo em Belém
Atento às tendências do mercado, o Millennium bcp está a comunicar a venda de uma moradia unifamiliar isolada, localizada no Restelo, Belém. Trata-se de uma moradia de[PA1] [SM2] três pisos, destinada a habitação, sendo composta por cave, quatro divisões e instalação sanitária, r/c com hall, cozinha, instalação sanitária, duas salas, alpendre e anexo. No primeiro piso existem um hall, duas instalações sanitárias, cinco quartos e varanda. A casa tem ainda um amplo logradouro com piscina e casa de apoio com cozinha, WC e três salas.
A envolvente de prestígio caracteriza-se por moradias unifamiliares, destinadas a habitação da classe média/alta e alta e residências de embaixadores. “A zona tranquila com bons acessos rodoviários, servida de transportes públicos e equipamentos sociais e culturais”, esclarece o banco.
Ramiro Gomes, do Millennium bcp, admite que a procura será grande, atendendo à qualidade da moradia, a sua localização e a existência de interessados em ativos semelhantes. “Sem dúvida é de destacar a sua localização, na restrita zona do Restelo, com acessos fáceis à cidade de Lisboa, à linha de Cascais. Mas, também destacaria as generosas dimensões da moradia e do seu terreno, a par da existência da piscina e da estética geral da moradia, bem enquadrada na arquitetura da zona”.
Este é um tipo de ativo que o Banco não tem tido com muita frequência para comercialização, o que torna o ativo ainda mais atrativo. “A experiência existente com a comercializado de algumas frações do género é que em regra geral são transacionadas com bastante rapidez, atendendo à procura expressiva existente para este género de produto”.
[PA1]Trata-se Moradia de três
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