Lisboa e Porto perderam cinco mil fogos de Alojamento Local

30/03/2022
Lisboa e Porto perderam cinco mil fogos de Alojamento Local

Nos últimos dois anos, caiu para metade o número de fogos T0 e T1 no alojamento local de Lisboa e Porto, com a saída de cerca de 5.000 fogos deste mercado.

De acordo com os números do SIR-Alojamento Local, da Confidencial Imobiliário, no 4º trimestre de 2021, Lisboa tinha registados cerca de 2.800 fogos destas tipologias ativos no mercado de alojamento local, uma redução de cerca de 3.000 fogos face aos 5.850 disponíveis em igual trimestre de 2019.

Já o Porto, registava cerca de 2.050 apartamentos ativos em alojamento local no final de 2021, menos 2.100 unidades que as 4.150 contabilizadas em igual período de 2019, antes da pandemia.

Santa Maria Maior e Misericórdia com maior redução de unidades em AL

De acordo com a análise da Ci, a maior parte dos fogos que saíram deste mercado situavam-se em Santa Maria Maior, que tem agora 1.050 apartamentos em AL e que perdeu cerca de 700 no período da pandemia, bem como na Misericórdia, atualmente com 600 apartamentos em AL, cerca de metade do que tinha registado no final de 2019.

No entanto, todas as freguesias da capital perderam imóveis em alojamento local. Destinos como Estrela e Arroios, que agregaram 7% e 4% da procura em 2021, têm a oferta reduzida para metade, entre 100 e 200 unidades.

No Porto, cerca de 1.500 apartamentos saíram da oferta de alojamento local no Centro Histórico, que tinha cerca de 1.750 apartamentos registados no final de 2021. Os seis quarteirões mais procurados perderam, no conjunto, quase 1.000 apartamentos de AL em dois anos, com as zonas de Mouzinho/Flores, Almada, Aliados e Batalha a perderem entre 150 a 250 fogos do AL nesse período.

Lisboa suspende novas licenças de alojamento local

A Assembleia Municipal de Lisboa já aprovou a proposta de “suspensão imediata” de novos registos de alojamento local na cidade, até à entrada em vigor da alteração ao regulamento municipal desta atividade turística.

Três meses depois da aprovação da medida em reunião de câmara, esta proposta foi viabilizada com os votos contra de PSD, CDS-PP, PAN, IL, MPT, PPM, Aliança e Chega, a abstenção do BE e os votos a favor de PS, PCP, PEV, Livre e dois deputados independentes do Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).