Lisboa e Porto no radar dos centros de serviços partilhados

14/07/2021
Lisboa e Porto no radar dos centros de serviços partilhados

Portugal consolida-se como um mercado atrativo para a implementação de empresas internacionais, devido a fatores como a sua localização estratégica, qualidade dos recursos humanos nacionais, clima de estabilidade política e paz social, infraestrutura robusta de conectividade e inovação e transição digital.

Esta é uma das conclusões do estudo “Portugal no Radar dos Business Service Centres (BSC): a Atratividade do Mercado Imobiliário, Edição 2021”, elaborado pela Savills, que destaca como prova dessa atratividade o reconhecimento de vários prémios internacionais, que "têm colocado Portugal como um destino de eleição para o investimento em múltiplos setores, especialmente por parte de investidores estrangeiros, que demonstram um crescente interesse em posicionarem-se no nosso país". Destaca também o sistema de educação, com cada vez mais instituições reconhecidas internacionalmente.

Os centros de serviços partilhados estão a crescer, dando resposta à necessidade das empresas de otimizar recursos, assegurando níveis de produtividade máximos com custos mais competitivos, salvaguardando a qualidade do processo produtivo.

Segundo a Savills, o nosso país tem um total de 175 centros deste género, em Lisboa, Porto, Braga e Aveiro – as áreas metropolitanas são preferenciais na instalação deste tipo de empresas. Dados da AICEP mostram que, nestes centros, 85% dos colaboradores são de nacionalidades estrangeiras. Ainda, nos últimos cinco anos, verificou-se uma taxa de crescimento anual de 14 por cento do número de centros no país.

Também de acordo com a AICEP, só Lisboa já recebeu 40 novas empresas dedicadas às TI entre 2016 e 2020, somando 11 centros partilhados, incluindo uma série de centros de competência dedicados ao setor automóvel, como a Critical Techworks, a Mercedes Benz.io ou a Volkswagen Digital Solutions.

Na capital, "a aposta na renovação e colocação de oferta no mercado de escritórios da capital tem sido a resposta, ainda que insuficiente, a uma procura muito dinâmica, agora com novas necessidades de ocupação e formas de organização que se refletem nos espaços de trabalho. A capital conta com uma taxa de disponibilidade de 7,04 por cento e espera-se um aumento de cerca de 166.000 m2 para o biénio 2021-2022. A renda prime estabelece-se, atualmente, nos 25 euros/m2/mês".

Já no Porto, a ocupação por empresas tecnológicas é significativa face a outros setores. Uber, Revolut, Prozis ou Farfetch são apenas algumas das empresas que optaram por esta localização. Aumentou o investimento em recursos humanos na região Norte na área da tecnologia, e a Invicta é hoje uma das cidades europeias mais atrativas para visitar, viver e investir.