Mais população e infraestruturas atraem investimento para a Margem Sul

17/05/2023
Mais população e infraestruturas atraem investimento para a Margem Sul

A zona da Margem Sul do Tejo está a atrair cada vez mais investimento imobiliário nos últimos anos, não só de habitação, mas também comercial, incluindo lojas e escritórios, uma dinâmica “impulsionada pelo aumento da população e pela melhoria das infraestruturas” desta região que beneficia da sua proximidade de Lisboa e que oferece boa qualidade de vida, com bons transportes, espaços verdes, comércio e serviços.

Corroios é um dos destinos que vem sendo mais procurado. Parte do concelho do Seixal e muito próximo de Almada, os Censos 2021 mostram que faz parte de uma região em franco crescimento populacional, contando hoje com cerca de 50.000 habitantes. A zona de Santa Marta do Pinhal em concreto é uma das mais dinâmicas. Artur Pereira, consultor imobiliário que opera nesta zona do país, explica ao Público Imobiliário que desempenha “um papel chave na freguesia de Corroios”. O comércio beneficia aqui das infraestruturas existentes e do esforço de melhorias contínuo que tem sido feito, que incluem a abertura de um novo centro de saúde ou de uma nova escola do 1º ciclo, além do desenvolvimento dos parques industriais próximos, que dinamizam toda a zona.

Segundo o responsável, os investidores procuram “propriedades que que ofereçam um retorno financeiro atrativo, como renda mensal ou valorização do imóvel no futuro”. Na área comercial, “há uma preferência por localizações estratégicas, próximas a centros comerciais, estações de transportes públicos e áreas de grande circulação de pessoas. Além disso, são procurados imóveis que possam atender às necessidades de diversos setores, desde a restauração, comércio e serviços, até escritórios e armazéns para empresas de diferentes portes e segmentos”. E o perfil de investidores do mercado de Corroios pode variar bastante, desde jovens casais a investidores estrangeiros.

A oferta comercial desta zona caracteriza-se por “uma ampla gama de serviços disponíveis para os moradores”, sendo os mais representativos a restauração e serviços como estética, tatuagens, cabeleireiro, lavandarias, sapateiro, entre outros, aos quais se somam os correios, centro de saúde ou escolas e outros serviços públicos essenciais à qualidade de vida dos moradores. Existem já três supermercados de grandes cadeias de distribuição, aos quais se juntará ainda uma nova Mercadona.

Nómadas digitais motivam novas aberturas e negócios

A dinâmica comercial de Santa Marta vai sendo motivada por “uma combinação de fatores, como a exigência do mercado, mudanças nas preferências dos consumidores e oportunidades de negócios e concorrência”, mas também pela criação de hubs para nómadas digitais, “uma tendência crescente que já motivou a abertura de novos espaços e negócios nesta zona”. Segundo Artur Pereira, “a proximidade de estações de metro e comboio pode ser um fator atrativo para esses trabalhadores, que procuram facilidade de mobilidade para se deslocarem. Além disso, a possibilidade de encontrar residências próximas ao hub também pode ser um fator determinante”. Assim, “a criação deste tipo de hubs pode ser uma oportunidade de negócio para empreendedores e investidores que pretendam aproveitar essa tendência crescente”.