Ao Público Imobiliário, José Rui Meneses e Castro, Co-Founder & Managing Director da MAP, explica que, “para isso, vamos explorar novas áreas para diversificar o negócio, e teremos transformações importantes que iremos anunciar muito em breve”.
2023: um ano “com excelentes marcos”
José Rui recorda que 2023 se destacou “por uma série de conquistas notáveis para a MAP. Ao longo dos anos, enfrentámos várias adversidades económicas e sociais que nos permitiram testar a nossa resiliência no setor. Em 2023 concretamente, e após ultrapassada a barreira dos 10 anos, tivemos um ano com excelentes marcos”.
O responsável da empresa destaca, por exemplo, a participação em projetos de responsabilidade social, incluindo a reabilitação do Café Joyeux Cascais; a obtenção da Certificação de Segurança e Ambiente pela Bureau Veritas, passando assim a estar integrada com a da Qualidade, “reforçando o compromisso da empresa com os mais altos padrões de gestão”.
Por outro lado, a empresa destaca um incremento muito significativo do quadro de colaboradores, mais cerca de 30% do que em 2022 e, paralelamente, com um forte investimento na sua formação, processos de gestão e nos seus benefícios, e a criação de novos departamentos de suporte, essenciais para o crescimento sustentado da MAP. Claro está, que foi uma aposta da empresa este forte investimento a todos os níveis, para estarmos preparados e podermos dar uma boa resposta ao aumento do volume de negócios que se perspetiva para 2024, com uma carteira já contratada na ordem dos 80 milhões de euros.
![José Rui Meneses e Castro e Diogo Guerra Abecassis, ©Dora António](/media/images/Dora_Antonio_D7546.width-720.jpg)
Reabilitação urbana representa 30% do volume de negócios
Atualmente, a área da reabilitação urbana é fundamental para a atividade da MAP, já que representa cerca de 30% do volume de negócios da empresa. "Noutros tempos até já representou mais, mas no ano passado essa variável mudou dado algum crescimento no mercado da construção nova". Neste caso, a MAP destaca o seu envolvimento em projetos como o Contreiras Palace, o Horizon Tejo, o Duke Residences e o Alecrim 51.
Edifício Gago Coutinho 30 (GC30)
Num investimento de 80 milhões de euros, o projeto do edifício Gago Coutinho 30 recupera um edifício dos anos 70 do século XX da avenida com o mesmo nome, em Lisboa, com 27.000 metros quadrados, e transforma-o num projeto de co-living com 197 apartamentos, escritórios, zona de restauração, auditório e ginásio.
Este projeto distingue-se no mercado pela sua “combinação única de escritórios e serviços, no mesmo edifício já existem: escritórios, espaços de co-working, biblioteca, restauração, anfiteatro e ginásio aberto ao público. Após a conclusão da 3ª fase, teremos a acrescer a toda esta lista uma solução de “co-living” que permitirá alavancar o benefício da proximidade. O GC30 está literalmente entre o Areeiro e Alvalade, zonas de ligação de algumas das principais avenidas da cidade, com fácil ligação às principais vias de acesso e à ampla rede de transportes públicos existentes. Quem estiver no GC30 consegue chegar rapidamente a qualquer ponto da capital e do país pela proximidade do aeroporto”. Por outro lado, é também de destacar “a qualidade dos seus espaços públicos dado estarem bem equipados para um estilo de vida saudável e social com oferta de restauração saudável com terraço, ginásio, auditório, cinema, piscina, e tudo com uma atmosfera moderna e com o tão afamado “homey feeling”.
![Edifício Gago Coutinho 30](/media/images/2AFASE_-_01.width-720.jpg)
O projeto de arquitetura é assinado pelo atelier José Carlos Cruz Arquitectos, uma intervenção que tem como visão o respeito pelo tecido urbano envolvente, nomeadamente o Areeiro, uma combinação de bairros históricos e espaços cosmopolitas. José Rui descreve que “o espírito do local se funde com a essência universitária e empresarial com vários estabelecimentos, comércios, escolas, serviços de saúde e espaços de lazer para praticamente todas as personalidades. O objetivo é atrair alguns desses públicos, tais como estudantes, empresários: não só as empresas como inquilinos, bem como os que vêm a Portugal em “short-stay” e procuram uma localização bem perto do aeroporto de Lisboa, como é o caso. Finalmente, tratando-se de um espaço com tanta oferta, serve também a população local que pode aceder ao ginásio ou à biblioteca”.
Este projeto está atualmente na sua terceira fase de obra, e ficará concluído em janeiro de 2025.
Duke Residences
Diogo Abecasis, também Co-Founder & Managing Director da MAP, releva também no seu portfólio o empreendimento Duke Residences, situado na zona do Saldanha, nas Avenidas Novas, um investimento de 15 milhões de euros da Pujolinvest, que deu origem a um projeto residencial de luxo com 12 apartamentos, 2 penthouses e 1 townhouse, que se destacam pelas suas áreas, acabamentos luxuosos, áreas comuns elegantes, equipamentos de qualidade ou vários lugares de garagem. A área de intervenção é de cerca de 7.300 metros quadrados, e foi concluído em 2022.
![Duke Residences](/media/images/Telmo_Miller_L3591.width-720.jpg)
O projeto de arquitetura é assinado pelo arquiteto Nuno Lourenço, da Risco. Diogo Abecasis conta que “esta reabilitação teve como principal objetivo contribuir para a requalificação ambiental dos logradouros, nomeadamente através da recuperação de áreas de solo orgânico impermeável. Trata-se de um imóvel listado na Carta Municipal do Património e por isso as características arquitetónicas tiveram em linha de conta a continuidade urbana, incluindo a morfologia, volumetria, a altura das fachadas, o cromatismo e os revestimentos”.
Dado que o edifício datava de 1951, distingue-se pela sua construção típica das Avenidas Novas, usualmente designada por “rabo-de-bacalhau” por se prolongar acentuadamente para o interior dos lotes, maximizando a utilização dos mesmos. “Apesar de se tratar de um imóvel do melhor dos seus tempos, tratava-se de uma estrutura com características com mais de 70 anos, pelo que toda a adaptação a um imóvel de luxo e que responda às necessidades dos nossos tempos, foi em si um desafio do início ao fim”, recorda a empresa.
![Duke Residences, Foto: Telmo Miller](/media/images/Telmo_Miller_L3397.width-720.jpg)
Projetos que contribuem para a consolidação do tecido urbano de Lisboa
Para os líderes da MAP, estes projetos de reabilitação “são extremamente importantes para a consolidação do tecido urbano de Lisboa e para a sua área envolvente, porque não só revitalizam áreas antigas e degradadas, trazendo uma nova vida e modernidade, como também preservam o património histórico e cultural da cidade. Além disso, estes dois projetos melhoram substancialmente a qualidade de vida dos ocupantes ou residentes porque convergem de espaços habitacionais mais confortáveis e funcionais, a espaços que respondem às necessidades gerais da dinâmica da vida urbana. São facilitadores e qualificadores da vida em geral, desde a pessoal à profissional”.
A MAP acredita que “Lisboa pode promover melhor um crescimento sustentável, atrair investimentos, turismo, e manter a sua identidade única como uma cidade que harmoniza a tradição à modernidade”.