Mercado de escritórios nacional continua no ‘radar’ dos investidores

27/05/2020
Mercado de escritórios nacional continua no ‘radar’ dos investidores

Os investidores continuam a olhar para Portugal como um destino particularmente interessante para as suas poupanças, garantiu ao Público Imobiliário Pedro Valente, da Worx, referindo-se ao segmento comercial do imobiliário. “Portugal está no radar destes investidores, que procuram desde espaços de escritórios a ativos na área da logística ou retalho alimentar”. Esta postura terá saído reforçada após a forma como o país lidou, e continua a lidar, com a pandemia despoletada pela Covid-19. “Todos os dias falamos com investidores, sobretudo estrangeiros, que não param de elogiar o comportamento de Portugal e dos portugueses face ao Coronavírus. Sobretudo, veem-nos como um país muito civilizado, sério e responsável”, o que, no entender de Pedro Valente, traz notoriedade e coloca Portugal na linha da frente, como uma geografia atrativa ao investimento. “Os investidores consideram esta postura como uma mais-valia”.

No entanto é óbvio que o mercado arrefeceu e os investidores têm dificuldade em tomar decisões, estando um pouco à espera de ver o que acontece no futuro próximo. “O curioso é estas duas vertentes: por um lado, admitem ter dificuldade, neste momento exato, em definir os seus investimentos, com a certeza de que, mal retomem, Portugal está no seu radar. Por outro lado, falam em adquirir imóveis residenciais para poderem viver no nosso país após a pandemia”.

Ramiro Gomes, responsável de vendas Grandes Imóveis Sul, da Direção de Crédito Especializado e Imobiliário, do Millennium bcp, admite que no domínio do mercado de escritórios, há um grande desafio pela frente, uma vez que os efeitos decorrentes da Covid-19 estão já a revelar oportunidades para se repensar, não só a procura, como também a oferta de novos espaços. “Prevemos, assim, algum dinamismo associado ao novo paradigma de trabalho, com a procura de espaços mais pequenos derivada do aumento do teletrabalho, com o interesse das empresas por localizações fora do centro urbanos. No entanto, a procura de edifícios de escritórios segundo os conceitos do coworking irá manter-se, atentas as empresas às regras do distanciamento físico e ao interesse pela construção de espaços amplos e com layouts flexíveis e modernos”. O responsável diz que a oferta de espaços de escritórios já estava aquém da necessidade, como tal, seja de pequena, de média ou de grande dimensão, este mercado vai continuar a acompanhar a natural evolução da sociedade e das empresas. “É inevitável, e as empresas estão apenas à espera de resposta da economia às suas próprias incertezas”.

Aliás, o mercado de escritórios tem representado uma importância relevante na carteira do Banco, não só pela venda de alguns edifícios de escritório nas grandes cidades, como também em parques empresariais/tecnológicos. “Acreditamos que esta tendência irá manter-se a médio/longo prazo, mesmo com as incertezas existentes, uma vez que a economia e a reorganização das empresas são realidades que têm que evoluir, inevitavelmente, de forma também positiva”.

A tendência do coworking

O coworking já não é uma mera tendência ou movimento. É agora uma opção comum no ecossistema dos espaços de trabalho, potenciada pela pandemia do Coronavírus. Com muitas empresas a colocarem os seus recursos em teletrabalho, a opção por espaços ágeis e, sobretudo, com estruturas e economias partilhadas ganha ainda mais relevância. A procura por coworking e espaços de trabalho flexíveis cresceu exponencialmente, com o atual valor de mercado global da indústria estimado em 26 mil milhões de dólares. Enquanto que em 2017 havia cerca de 26 mil espaços de coworking por todo o mundo, em 2020 esse número está previsto crescer para 37.840, atingindo 49.500 até 2022, valores que deverão ser ainda mais positivos na era pós-Covid.

Em 2010, apenas 21 mil pessoas em todo o mundo se consideravam coworkers e, na última década, esse número aumentou para quase 5 milhões. Numa tentativa de atrair ainda mais clientes, em 2020,espera-se que os espaços de coworking passem a incorporar novas tecnologias, diversificando locais e nichos, trazendo novos tipos de clientes e ampliando as comodidades oferecidas para cobrir a saúde e o bem-estar dos seus membros.

Edifícios de escritórios, em Beloura

Inserido na temática do mercado de escritórios, o Millennium bcp tem para venda um ativo, localizado no Parque Empresarial da Beloura, mais propriamente em Linhó, Sintra, com 16 anos de utilização neste contexto, o qual representa uma boa oportunidade de investimento, quer seja numa ótica de coworking, quer seja numa ótica de utilização por um único utilizador. É constituído por 3 pisos acima do solo e 3 caves para estacionamento com 409 lugares, incluindo ainda arrecadações e áreas técnicas.

Para além da sua dimensão, estrutura funcional e do facto de estar em bom estado de conservação, caraterísticas que lhe conferem uma atratividade ímpar, este edifício de escritórios localiza-se próximo do IC16 e representa uma excelente oportunidade no contexto das novas regras de trabalhar em escritório. Quer seja para uma empresa que enquadre a necessidade de deslocalização para áreas menos centrais às grandes cidades, quer seja para quem procura novas instalações, mais amplas e já edificadas onde possa iniciar a sua atividade e estabelecer, de origem as suas regras de layout. Sejam quais forem os objetivos, o Banco destaca que haverá sempre o benefício de ser um ativo de serviços, com licença de utilização para essa finalidade e inserido num lote de terreno mais amplo, como possibilidade de expansão. Nesta possibilidade de expansão, outras finalidades se podem acrescentar, como sendo o investimento com rendimento, através da exploração dos espaços futuros na ótica do arrendamento. E neste contexto do arrendamento, também o edifício em questão poderá ser visto e avaliado. Tudo depende da finalidade do investidor que, certamente, ciente das necessidades do mercado, atuais e futuras, olhe para este ativo como uma boa oportunidade de investimento.

O edifício está implantado num terreno com 3.056 m2, o qual faz parte integrante de um lote total de 27.300 m2, para o qual está previsto um projeto de construção de mais 6 edifícios de escritórios, com uma área Bruta de Construção de 16.302 m2 e de implantação de 4.482 m2. Todo o terreno está vedado e o acesso é controlado por sistema de cancelas com edifício de receção.

Os escritórios estão localizados nos pisos 0, 1 e 2 e organizados em 2 blocos, os quais se unem por um grande espaço central, permitindo uma grande amplitude e harmonia em todo o edifício, com espaços amplos de circulação e um jardim interior.

No topo nascente dos 2 blocos, estão localizadas as áreas de apoio, tais como, instalações sanitárias, áreas técnicas, copas, cozinha de apoio (piso 2), refeitório/cafetaria/cozinha (piso 0) e auditório para 70 pessoas (Piso 0). Na cobertura estão instalados as centrais técnicas destinadas ao tratamento do ar interior.