No mínimo, que seria um negócio complicado. No máximo, que seria arriscado. Mas muito mudou nos últimos anos, principalmente desde que conseguimos ter e ver o mundo num aparelho que cabe na palma da nossa mão.
Com a internet tudo mudou. Não precisamos sair de casa para visualizar centenas de imóveis nem para falar ou enviar documentos ao consultor imobiliário que, através de uma chamada ou de uma mensagem, consegue resolver quase tudo à distância. E agora as fotografias também já não são suficientes. Os clientes querem mais e melhor, e já nos encontramos em plena transformação para uma nova inovação imobiliária: a realidade virtual.
Tendências como a inteligência artificial e a realidade virtual estão a ter impactos enormes e têm sido apostas chave para empresas especializadas no setor imobiliário como a ERA, que estão a conseguir integrar estas inovações nos seus processos de negócio de uma forma orgânica e racional. Nos últimos meses, com a impossibilidade de realizar visitas físicas aos imóveis, a imobiliária ERA apostou em soluções inovadoras e eficientes para continuar a responder aos novos desafios e, desta forma, os clientes poderem continuar a ter acesso aos imóveis. Além de mais fotografias e vídeos, passou a ser possível realizar visitas virtuais a alguns imóveis, permitindo que futuros proprietários vejam o design e o ambiente da sua nova casa em detalhes explícitos, ferramenta útil para clientes em potencial que não conseguem visitar fisicamente a propriedade.
Não é por acaso que a ERA é uma empresa especialista em empreendedorismo, tendo apoiado a criação de mais de 400 startups, em 22 anos de atividade em Portugal. Sendo conhecida como a melhor escola de mediação imobiliária no país, procurou ao longo destas duas décadas reinventar-se e acompanhar a evolução dos tempos e dos clientes, que são agora tão diferentes do que eram há 22 anos.
Os últimos dois meses foram um desafio para todos. Não só as pessoas se estão a adaptar a uma nova realidade, como as empresas estão a atravessar desafios nunca antes vistos. Com os espaços fechados e as pessoas em casa, a ERA teve de acelerar um investimento nas ferramentas e plataformas digitais, de modo a conseguir continuar a dar resposta aos clientes, aos colaboradores e ao setor imobiliário.
São respostas que se vão manter daqui em diante e que se tornam agora a nova realidade do setor. “Como uma das ferramentas básicas do nosso dia-a-dia, utilizámos o nosso sistema avançado de CRM imobiliário, o G.ERA, que nos permite gerir todo o trabalho desde o registo de um imóvel, ao acompanhamento de um cliente comprador até ao momento da escritura do imóvel. A ERA foi das primeiras imobiliárias a investir numa plataforma desenhada à sua medida e a reconhecer a sua importância para um trabalho eficiente”, esclarece Rui Torgal, diretor-geral da ERA Portugal.
Mas também a importância crescente das redes sociais tem sido alvo de trabalho. “A nossa assistente virtual no Facebook Messenger, a v.ERA, é outra das ferramentas em que temos apostado nos últimos anos porque, estando disponível 24 horas por dia, permite que o cliente se sinta apoiado no processo de compra, venda ou arrendamento de um imóvel, independentemente do horário ou do local em que se encontra. Tudo isto num ambiente totalmente online e mobile”. Rui Torgal apresenta ainda outras soluções digitais como a “ferramenta Live Chat que permite continuarmos totalmente disponíveis para conversar em tempo real com os clientes, através do nosso website era.pt, num momento em que sabemos que o nosso apoio e aconselhamento é fundamental, estando as pessoas a estabelecer novas rotinas”.
E com todas estas novas ferramentas como fica o papel do consultor imobiliário nesta nova realidade? “O digital é, sem dúvida alguma, uma mais-valia para as agências imobiliárias e temos investido nesta área porque traz inúmeros benefícios à forma como trabalhamos e ao cliente. Mas sabemos que a decisão de comprar ou vender uma casa é das mais importantes na vida dos nossos clientes e, por isso, acreditamos que o papel do consultor imobiliário é indispensável para informar, acompanhar e aconselhar mediante a experiência adquirida e conhecimento de mercado”, reconhece o diretor-geral da ERA.
Nesta nova fase de desconfinamento, reabriram as 200 agências por todo o país com as mais diversas medidas de proteção e segurança para salvaguardar colaboradores e clientes. Porque o negócio não parou e o setor continuou sempre a mexer. A empresa já está a verificar um novo padrão, um aumento da procura por moradias em detrimento de apartamentos, que pode ser explicado não só pela expetativa, por parte de clientes compradores, de que se verifique uma descida de preços originada pela crise sanitária, mas também pela situação de confinamento social que temos vivenciado e que pode estar a contribuir para um aumento da opção por espaços maiores e com uma maior liberdade de movimentação, como é o caso das moradias.
Para a ERA, está também a surgir uma nova tendência no caso do arrendamento com uma grande parte dos imóveis para arrendar a curto-prazo que possam passar a ser opções de longa-duração. Assim, onde antes existia pouca oferta, que fez os preços dispararem, poderá vir a existir um aumento de oferta com implicações nos preços.
Ainda assim, os próximos tempos vão ser de incerteza. Os valores podem também começar a baixar em algumas zonas do país até alcançarem um equilíbrio de preços no mercado. O mercado imobiliário está também muito ligado ao turismo e só mediante a evolução deste setor nos próximos meses conseguiremos saber os seus reflexos na área do imobiliário.
