Estrutura, dimensão e localização. Estes sempre foram os eixos que ditaram a compra de um imóvel. Eixos que foram entretanto adaptados a uma nova realidade causada pela pandemia e pelas necessidades que daí resultaram. Se, antes, os grandes centros urbanos eram os alvos preferenciais das famílias e empresas, muitas vezes optando por habitações ou escritórios de menor dimensão para privilegiar a localização, hoje regista-se o inverso. As famílias preferem afastar-se um pouco das grandes cidades, elegendo agora residências com dimensões mais generosas e com espaços exteriores. Nas empresas, o movimento, provavelmente acompanhando esta movimentação dos recursos humanos, também se tem vindo a fazer sentir. Isto para não falar na tendência, cujos analistas garantem ter vindo para ficar, do teletrabalho e no conforto que uma vida mais recatada longe da azáfama das cidades pode proporcionar.
Vizela é um claro exemplo dessa tendência. A 40 minutos da cidade do Porto, este concelho do distrito de Braga tem vindo a ganhar um novo dinamismo na área do imobiliário, seja pelo interesse que cada vez mais as empresas têm nesta zona, seja no mercado residencial, com as famílias a optarem por terem a primeira residência nesta geografia. “Tínhamos bastantes clientes a procurarem uma segunda residência neste concelho, para fim de semana. Atualmente, já nos procuram sobretudo porque querem passar a residir aqui”, disse ao Público Imobiliário Eduardo Oliveira, da AS Imobiliária.
Instalações do ex-Colégio de Vizela à venda
O edifício desenvolve-se por dois pisos acima do solo e uma cave e tem caraterísticas puras de um equipamento escolar, onde até há pouco tempo se lecionavam as normais disciplinas de um colégio. É composto por várias salas de aulas, auditório, cantina, ginásio, campo de basquetebol exterior, gabinetes e outros espaços de apoio.
Tem uma área de implantação de 1.415 m2 e insere-se num terreno urbano com 9.930 m2, ao qual está ainda associado um terreno rustico com 13.335 m2.
Situa-se a cerca de 6km da zona central de Vizela (via N207-1) e a cerca de 4km do nó de acesso à A11.
“Mas não se trata apenas de um edifício, o qual fechou portas em 2019. Trata-se de um espaço mais abrangente que reuniu, durante 20 anos, muitas e muitas crianças desde o jardim de infância até aos jovens que concluíam o ensino secundário”, destaca o Millennium bcp na descrição do ativo. “É um espaço com história onde, certamente, se idealizaram muitos projetos de vida, e para o qual se procura um investidor com vontade de criar aqui uma realidade nova, focada na utilidade que possa ter para as populações onde o mesmo se enquadra”. O seu diretor, à data do encerramento, terá dito que “gostaria que se encontrasse um destino digno para este imóvel e seria um gosto que este pudesse vir a ter um destino social”.
As ex-Instalações do Colégio de Vizela ECV são um ativo versátil, para o qual poderão ser equacionadas finalidades várias, conjugando as suas caraterísticas, dimensão e localização.
Localiza-se no cimo do monte, com vistas magníficas para o Vale do Ave, uma excelente exposição solar e uma grande extensão de terreno com capacidade para criar envolvimento de atividades no exterior associadas à saúde, à educação e à geriatria também. Podemos destacar as seguintes finalidades: clínicas de reabilitação, centro de treinos, escola técnico-profissional, lar de terceira idade com centro de dia, entre outros.
Este trabalho de procurar encontrar o tal “destino digno” deste ativo tem sido desenvolvido pelo Banco e pelos seus parceiros, com a nota de que a própria Câmara Municipal quer ajudar a dar viabilidade para o local em algo que traga valor e bem-estar às populações locais. Qualquer projeto para reconversão do ativo tem de ser analisada e aprovada pela respetiva Autoridade Municipal.
Geriatria, hotelaria, saúde ou desporto
Eduardo Oliveira, da AS Imobiliária, acredita que este imóvel é atrativo tanto para investidores portugueses como estrangeiros, que olham para este ativo como particularmente interessante para a área da geriatria, nomeadamente lares de terceira idade. “Também poderia ser novamente ao nível do ensino privado, mas com a redução do apoio do estado é mais complicado. No entanto, temos visto igualmente interesse para a área da saúde, como clínica de recuperação; hotelaria e até um centro de estágios”.
Centralidade é mais-valia
Rui Felgueiras, do Millennium bcp, destaca que o ativo em questão está localizado a poucos quilómetros de várias cidades relevantes a norte, como Vizela, Santo Tirso, Paços de Ferreira, Braga e Guimarães. “Tal localização dá-lhe uma centralidade muito interessante, quer para a finalidade intrínseca da educação (seja ela colégio ou escola profissional), quer numa potencial vertente de espaço de geriatria, clínicas de reabilitação ou até centros de treinos desportivos”.
Assim, na perspetiva do Millennium bcp, pela sua localização e pela sua ampla capacidade de valências e versatilidade, será um ativo muito apetecível para as atividades referidas, permitindo ainda a utilização de um espaço com vistas amplas e envolvente natural, com o aproveitamento deste espaço exterior para atividades variadas, tirando prazer do silêncio e de ares mais puros, a breves quilómetros da oferta urbana e valências como hospitais, centros comerciais, centros desportivos e outros serviços.
