O Grande Porto é um dos principais focos da atividade da Emerge atualmente. A empresa, parte do Grupo Mota-Engil, tem em desenvolvimento vários projetos de reabilitação e regeneração urbana em diferentes fases e de vários tipos de usos. Foca-se “no impacto positivo no tecido urbano e nas dinâmicas sociais e económicas”.
Rui Roncha, Diretor Criativo da MEXT (Mota-Engil Next) e da Emerge MotaEngil Real Estate Developers, refere em entrevista que “assumimos a responsabilidade de contribuir para a construção de infraestruturas que não apenas sirvam o presente, mas que moldem o futuro das cidades. Trabalhamos com a consciência de que os nossos projetos perduram por gerações”.
Um dos projetos que destaca é o M-ODU, a reabilitação do antigo Matadouro Industrial do Porto. Fruto de um investimento de 40 milhões de euros, o projeto está em construção, é assinado pelo arquiteto Kengo Kuma, em parceria com o ateliê OODA, e terá espaços empresariais, culturais e comerciais. O M-ODU quer afirmar-se como “um catalisador da regeneração da zona oriental da cidade. Este novo ecossistema urbano conjuga espaços de trabalho, investigação, cultura e lazer, promovendo uma nova centralidade aberta à cidade e ao seu futuro”.
Também na zona oriental do Porto, estão em andamento o Aurios e o Central Freixo. O primeiro, um investimento de 70 milhões de euros, é desenvolvido em parceria com a Forbes Global Properties, e terá 48 unidades (26 moradias e 22 apartamentos), a concluir ainda este ano, numa área total de construção de 15.500 m². Será direcionado para o segmento alto, nomeadamente “para um público exigente que valoriza arquitetura, qualidade e localização”.
Já o Central Freixo é desenvolvido com a Ginkgo e assinado por Eduardo Souto Moura, um investimento de 200 milhões de euros, a desenvolver ao longo de 10 anos em 5 fases. Serão criadas 480 novas habitações (56.000 m²). As obras de infraestruturas já arrancaram, e o foco será também o segmento alto. Vai transformar terrenos industriais desativados em novos bairros. Os dois projetos “contribuem de forma decisiva para a requalificação tão aguardada da frente ribeirinha do Porto. Estes projetos trarão uma nova vitalidade à zona, reforçando a componente habitacional e integrando serviços que potenciam o desenvolvimento local”.
O responsável destaca também o OPO City. A desenvolver numa área de 27 hectares e assumindo-se como “um dos maiores projetos da região”, está em fase de licenciamento e vai incluir habitação, comércio e serviços. Tem como objetivo ser uma “cidade” criativa e multifuncional, “concebida com as mais inovadoras soluções de sustentabilidade, mobilidade e construção, e organizada em torno de usos mistos residenciais, de serviços, sociais e culturais. Um novo marco urbano que reflete uma forma contemporânea e humana de viver a cidade”.
Rui Roncha conclui que “queremos que cada projeto seja um gesto de regeneração, promovendo novas centralidades, revitalizando comunidades e devolvendo à cidade espaços que potenciam a sua qualidade de vida e identidade. Acreditamos que bons projetos urbanos nascem da colaboração. Por isso, privilegiamos parcerias estratégicas que nos permitem co-criar soluções inovadoras e alinhadas com a visão municipal de desenvolvimento”.


